Mundo

Vaticano coloca 3º departamento sob análise financeira

Ernst and Young vai examinar o "Governatorato", que administra as atividades diárias da Cidade do Vaticano


	Papa Francisco: desde que assumiu o posto em março, papa vem agindo para combater anos de escândalos financeiros
 (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: desde que assumiu o posto em março, papa vem agindo para combater anos de escândalos financeiros (Tony Gentile/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 18h25.

Cidade do Vaticano - O Vaticano contratou uma empresa de contabilidade internacional para analisar um departamento que está no centro das alegações de corrupção que surgiram no escândalo "Vatileaks", no ano passado.

A Ernst and Young vai examinar o "Governatorato", que administra as atividades diárias da Cidade do Vaticano, inclusive seus lucrativos museus, disse a Santa Sé em um comunicado.

Desde que assumiu o posto em março, o papa Francisco vem agindo para combater anos de escândalos financeiros, alguns envolvendo o banco do Vaticano, que está sendo reformado depois de anos não cumprindo os padrões internacionais contra a evasão fiscal e encobrindo fontes de rendas ilegais.

O Governatorato é o departamento onde o arcebispo Carlo Maria Vigano, o vice-governador da Cidade do Vaticano, trabalhava antes de sua transferência repentina aos Estados Unidos depois de falar abertamente sobre o que ele dizia ser corrupção existente ali.

Em cartas vazadas para a mídia italiana pelo ex-mordomo do papa Bento, Vigano reclamava com o papa de que o departamento concedia contratos a empresas italianas a preços inflacionados.

Em uma carta, Vigano disse que ficou chocado ao descobrir que em 2009 o Vaticano pagou cerca de 550.000 euros (741.000 dólares) para construir um exuberante cenário da natividade no Natal na Praça São Pedro.

Vigano disse que conseguiu diminuir o custo quase pela metade, mas foi então transferido para os Estados Unidos, apesar de apelar a seus superiores para permanecer no cargo. Ele disse que estava sendo castigado por ter feito bem demais seu trabalho.

O Governatorato negou as alegações de corrupção e compadrio de Vigano.

Acompanhe tudo sobre:FraudesIgreja CatólicaPapa FranciscoPapas

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada