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Vaticano autoriza processo contra padres por abuso sexual e encobrimento

Um seminarista e um reitor italianos serão julgados por envolvimento em um abuso sexual cometido antes de 2012

Vaticano: o caso começou a ser investigado em 2017 (Franco Origlia/Getty Images)

Vaticano: o caso começou a ser investigado em 2017 (Franco Origlia/Getty Images)

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EFE

Publicado em 17 de setembro de 2019 às 15h35.

Roma - A Promotoria do Vaticano pediu nesta terça-feira que dois membros do clero italiano sejam processados, um por abusos sexuais e outro por encobrimento, por fatos ocorridos antes de 2012, informou a Santa Sé.

O promotor de Justiça da Cidade do Vaticano levantou duas ordens para ser julgados o seminarista Gabriele Martinelli, sob a acusação de um suposto abuso sexual que teria acontecido no Pré-Seminário São Pio X, em anos anteriores a 2012, e Enrico Radice, reitor desse centro no momento dos fatos, sob acusação de favorecimento.

As investigações, diz o comunicado, tiveram início em novembro de 2017 depois da publicação de uma série de informações no prelo.

"Os fatos denunciados se referem a anos onde a lei vigente no momento impedia um julgamento à revelia da queixa da pessoa afetada antes que se completasse um ano dos fatos", mas o papa Francisco assinou uma disposição no último dia 29 de julho, eliminando essa condição, com o objetivo de que este tipo de crime pudesse ser julgado, acrescenta.

Em 2017, o jornalista italiano Gianluigi Nuzzi publicou o livro "Il Peccato Originale" (Pecado Original) onde abordava os supostos abusos sexuais cometidos no Pré-Seminário São Pio X e as forças no Vaticano que dificultaram os trabalhos em antigos papados.

Nuzzi, julgado em 2016 pelo vazamento de documentos, analisava na sua obra vários assuntos, entre eles os supostos abusos cometidos no que pré-seminário, no Palazzo San Carlo, dentro dos muros vaticanos, que abriga coroinhas e possíveis futuros seminaristas.

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