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Varíola dos macacos: Américas são epicentro global, com mais de 30 mil casos

A varíola dos macacos ("monkeypox") circula na África central e ocidental há décadas e não era conhecida por provocar grandes surtos em países de outros continentes

Monkeypox: paciente com as lesões características da doença. (ERNESTO BENAVIDES/AFP via/AFP)

Monkeypox: paciente com as lesões características da doença. (ERNESTO BENAVIDES/AFP via/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de setembro de 2022 às 15h20.

Os países das Américas se tornaram o epicentro do surto global de varíola dos macacos, com mais de 30 mil casos concentrados principalmente nos Estados Unidos, Brasil, Peru e Canadá, informou a Organização Pan-Americana da Saúde nesta quarta-feira 7, esclarecendo, no entanto, que a vacinação em massa não é necessária por enquanto.

"Com a escassez de vacinas e nenhum tratamento eficaz para a varíola, os países devem intensificar seus esforços para impedir a propagação do vírus em nossa região", disse o diretor da Opas, Carissa Etienne. "Temos os meios para desacelerar esse vírus", disse, em conferência de imprensa virtual da sede da organização em Washington.

A varíola dos macacos ("monkeypox") circula na África central e ocidental há décadas e não era conhecida por provocar grandes surtos em países de outros continentes ou se espalhar amplamente entre as pessoas até maio, quando dezenas de casos começaram a ser relatados na Europa e na América do Norte.

Em julho, a Organização Mundial da Saúde declarou uma emergência global para a varíola, o nível de alerta mais alto usado no passado em surtos semelhantes de zika na América Latina em 2016 e no pandemia de coronavírus, entre outros. A afirmação não significa necessariamente que a doença seja particularmente transmissível ou fatal.

Nas Américas, a maioria dos casos foi detectada entre homens que fazem sexo com homens, embora pelo menos 145 casos também tenham sido confirmados entre mulheres e 54 casos entre crianças menores de 18 anos, disse a Opas.

Até agora, 30.772 casos foram registrados em 31 países das Américas e quatro mortes no Brasil, Cuba e Equador, segundo a Opas.

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