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Vargas Llosa, Nobel de literatura, declara voto em Humala

Escritor afirma que vitória de Keiko seria uma vergonha e poderia trazer de volta a ditadura fujimorista

Llosa chegou a dizer, em referência aos candidatos: "o Peru está entre duas opções: a aids e o câncer terminal" (Getty Images)

Llosa chegou a dizer, em referência aos candidatos: "o Peru está entre duas opções: a aids e o câncer terminal" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 23h57.

São Paulo - O escritor peruano Mario Vargas Llosa, prêmio Nobel de literatura, anunciou nesta quarta-feira que votará no candidato esquerdista Ollanta Humala no segundo turno da eleição presidencial, no qual também concorre Keiko Fujimori. O escritor pediu aos peruanos que sigam seu exemplo. "Sem alegria, com muito temor, vou votar em Humala e peço que meus compatriotas democráticos façam o mesmo", declarou Llosa, que já foi candidato à presidência no Peru. "Seria desonroso votar em Keiko, já que o regime de seu pai, Alberto Fujimori, foi uma das ditaduras mais atrozes que tivemos", disse.

Quando soube o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, Llosa chegou a dizer, em referência aos candidatos: "o Peru está entre duas opções: a aids e o câncer terminal". Cauteloso, ele preferiu esperar a definição das alianças de Humala para declarar seu apoio. Mas ressaltou que o maior risco da eleição de Keiko é o possível retorno da ditadura fujimorista.

Llosa disse ainda acreditar que Humala tenha de fato se convencido de que é hora de ser menos radical. "Ele mesmo declarou que não tem (Hugo) Chávez como modelo e sim Lula", acrescentou o escritor. Mas ele não eliminou a possibilidade de que o discurso se trate apenas de uma tática para conquistar o apoio da classe média.

Primeiro turno – No dia 10 de abril, Humala venceu as disputas do primeiro turno mas, com os 31,7% dos votos que obteve, não conseguiu vencer já na primeira etapa. Keiko Fujimori, candidata de direita, teve 23,5% dos votos e concorre com ele no segundo turno, que está marcado para o primeiro domingo de junho, dia 5.

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