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Vantagem de May encolhe em pesquisa após ataque na Inglaterra

Pesquisa revelou que a vantagem da premiê diminuiu de 9 para 6 pontos percentuais em relação à semana passada

Theresa May convocou a eleição antecipada com o objetivo de fortalecer sua posição nas negociações do Brexit (Toby Melville/Reuters)

Theresa May convocou a eleição antecipada com o objetivo de fortalecer sua posição nas negociações do Brexit (Toby Melville/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2017 às 10h32.

Londres - A vantagem da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, para a eleição de 8 de junho caiu para seis pontos percentuais em uma pesquisa publicada nesta terça-feira, a grande sondagem mais recente desde o ataque em Manchester que indica que a próxima votação pode ser muito mais disputada do que se acreditava.

Um total de seis pesquisas realizadas desde o ataque com bomba de 22 de maio em Manchester mostrou a dianteira de May sobre o opositor Partido Trabalhista encolhendo, o que dá a entender que ela pode não obter a vitória arrasadora prevista só um mês atrás.

Um levantamento realizado pela empresa Survation para o programa 'Good Morning Britain', da rede ITV, revelou que a vantagem da premiê diminuiu de 9 para 6 pontos percentuais em relação à semana passada -uma quinzena atrás era de 18 pontos percentuais.

A libra esterlina mostrou pouca reação à pesquisa, mantendo-se firme diante do dólar depois de cair cerca de 2 por cento na semana passada.

A moeda deve se mostrar suscetível a qualquer nova sondagem que mostre uma disputa mais acirrada. Uma delas, feita pelo instituto ICM para o jornal Guardian, será publicada ainda nesta terça-feira.

May convocou a eleição antecipada com o objetivo de fortalecer sua posição nas negociações da desfiliação britânica da União Europeia -o chamado Brexit-, obter mais tempo para lidar com o impacto da separação e aumentar seu controle sobre o Partido Conservador.

Mas se ela não superar com folga a maioria de 12 cadeiras conquistada por seu antecessor, David Cameron, em 2015, sua aposta eleitoral terá fracassado e sua autoridade pode ser minada no momento em que inicia as conversas formais sobre o Brexit.

Estrategistas da consultoria JPMorgan disseram que a libra esterlina pode se fortalecer se uma coalizão de centro-esquerda que apoie um "Brexit suave" -por meio do qual o Reino Unido manteria uma relação próxima com a UE- assumir o poder.

A pesquisa Survation foi feita nos dias 26 e 27 de maio, na esteira do ataque suicida que matou 22 pessoas em Manchester e de um recuo em planos impopulares de cobrar mais dos idosos pela assistência social que recebem.

A pesquisa revelou que só pouco mais da metade dos 1.009 entrevistados acredita que May seria a melhor premiê, enquanto o apoio ao líder dos trabalhistas, Jeremy Corbyn, se manteve em 30 por cento, mais do que em sondagens anteriores.

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