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Valls pede para não confundir ameaça jihadista com Eurocopa

"Não vamos confundir tudo", disse aos jornalistas, após ser perguntado se o duplo assassinato aumentaria a segurança no campeonato


	Manuel Valls: ele destacou que a França está realizando "uma festa" com a Eurocopa, mas lembrou que, ao mesmo tempo, "a ameaça está presente"
 (Philippe Wojazer/REUTERS)

Manuel Valls: ele destacou que a França está realizando "uma festa" com a Eurocopa, mas lembrou que, ao mesmo tempo, "a ameaça está presente" (Philippe Wojazer/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 09h49.

Paris - O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, pediu nesta terça-feira para que as pessoas "não confundam" a ameaça que o terrorismo jihadista representa, materializada no assassinato ontem à noite de dois policiais, com a segurança montada para os torcedores e cidadãos na Eurocopa.

"Não vamos confundir tudo", disse aos jornalistas, após ser perguntado se o duplo assassinato aumentaria a segurança no campeonato.

Valls destacou que a França está realizando "uma festa" com a Eurocopa e que "a vida, a cultura e o esporte são necessários", mas lembrou que, ao mesmo tempo, todos devem "ter em mente que a ameaça está presente".

Sobre isso, ele disse que já foram tomadas medidas, como o anúncio de expulsões de torcedores radicais por parte do Ministério do Interior, e insistiu que a segurança nas partidas e nas fan zones com relação a "estes torcedores alcoolizados, estes 'hooligans'" é uma prioridade para as autoridades.

"Mas hoje é tempo de compaixão e de luto por este casal de policiais, por suas famílias e seus colegas", afirmou Valls, antes de prestar homenagem ao trabalho das forças de segurança francesas, que em muitas ocasiões veem seus nomes e endereços circulando pelas redes sociais.

O homem que na madrugada de ontem assassinou um casal de policiais em sua casa em Magnanville, na região de Paris, é um francês de 25 anos morador de em uma cidade próxima, Mantes-la-Jolie, que tinha sido condenado em 2013 por pertencer a uma rede de recrutamento jihadistas e cumprido sua pena.

"São indivíduos nascidos na França, conhecidos por nossos serviços, frequentemente por fatos criminosos", disse Valls, que acusou o autor do duplo assassinato de "responder a essa ordem do Estado Islâmico de atacar os franceses".

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