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Valls concorrerá às eleições legislativas pelo partido de Macron

Para o ex-primeiro-ministro da França, do partido Socialista, "os velhos partidos estão morrendo ou já estão mortos"

França: sobre seu partido, Valls explicou que teve sua história, mas "o Partido Socialista está morto" e "deve ser superado". (Charles Platiau/Reuters)

França: sobre seu partido, Valls explicou que teve sua história, mas "o Partido Socialista está morto" e "deve ser superado". (Charles Platiau/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2017 às 06h31.

Paris - O ex-primeiro-ministro da França, o socialista Manuel Valls, anunciou nesta terça-feira que será candidato nas eleições legislativas marcadas para junho, com o partido do presidente eleito, Emmanuel Macron, e não com o Partido Socialista (PS), onde ele não vê futuro.

"Os velhos partidos estão morrendo ou já estão mortos", disse Valls, em uma entrevista à emissora de rádio "RTL".

Ele disse que será "candidato da maioria presidencial e mais especificamente que quer fazer-lo na República Em Marcha", nome do partido recém-criado por Macron, sobre a base do movimento político que o levou a vencer nas eleições presidenciais do último domingo.

O ex-premier afirmou que concorda com "a maior parte" do programa eleitoral do vencedor do último domingo e que "hoje, o essencial é dar uma maioria ampla e coerente a Emmanuel Macron para que possa governar".

Quanto ao PS, explicou que teve sua história, mas "o Partido Socialista está morto" e "deve ser superado".

Ele observou que "não tem sentido" que em uma mesma formação convivam os que apoiam a que foi a maioria governamental com outros que optam por se unir ao líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, e com outros que "não sabem onde estão".

Em uma primeira reação, Christophe Castaner, porta-voz do presidente eleito, disse em outra entrevista à emissora "France Info", que o fato de que "progressistas da importância de Manuel Valls queiram se juntar a nós é uma boa notícia".

Mas Castaner acrescentou que para poder se apresentar como candidato da República Em Marcha terá que passar pelo processo da comissão nacional de posses, como todos os demais.

"Não há que fazer diferenças pelo passado de um ou outro", justificou, antes de insistir na ideia de que "os privilégios devem ficar atrás".

Em qualquer caso, ele reconheceu que "tem todas as chances" de ser investido levando em conta o caminho que tem feito, e, especialmente, por isso "decidiu deixar o Partido Socialista".

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