Mundo

Vale quer maior discussão sobre desigualdade na Rio+20

Informação é do diretor-presidente da empresa, Murilo Ferreira

Ferreira: "Eu também quero ver uma discussão muito aprofundada sobre o problema da pobreza, cultural, social. São aspectos que devem ser desafiados" (Andre Valentim/EXAME)

Ferreira: "Eu também quero ver uma discussão muito aprofundada sobre o problema da pobreza, cultural, social. São aspectos que devem ser desafiados" (Andre Valentim/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 13h26.

Rio de Janeiro - O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que gostaria de ver um aprofundamento da discussão sobre os problemas de desigualdade social e redução da pobreza durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

"Eu espero que o evento tenha muito sucesso. Estou vendo um tom bastante acentuado para o lado do meio ambiente, o que me deixa muito confortável nesse aspecto e, por outro lado, desassossegado em outro. Desassossegado porque eu também quero ver uma discussão muito aprofundada sobre o problema da pobreza, cultural, social. São aspectos que devem ser desafiados a uma audiência tão qualificada com a que estamos", apontou Ferreira.

Ferreira foi questionado sobre a má fama de poluidora da Vale junto a movimentos sociais. "Nós temos profundo respeito pelos movimentos sociais, achamos que tudo faz parte da sociedade organizada. Mas temos nossas crenças, todos sabem a ênfase que tenho dado nos assuntos sociais", defendeu o executivo.

Belo Monte

Ferreira reconheceu que a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, da qual a Vale participa, é um projeto cercado por controvérsias, mas afirma que a mineradora contribuirá para melhorar os padrões do empreendimento. "Eu sei que existe uma grande controvérsia, especialmente a respeito da nossa participação no projeto Belo Monte, mas repito o que tenho dito. Entramos depois de o projeto estar instalado. E nós acreditamos que a Vale, com o conhecimento que tem e com a boa vontade dos seus técnicos, vai colaborar intensamente para a melhoria de todos os padrões que poderiam ser observados naquele investimento", afirmou.

CSA

O diretor-presidente da Vale disse que tem acompanhado as negociações sobre a venda ThyssenKrupp CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico), que tenta se desfazer da fábrica na região industrial de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A Companhia Siderúrgica Nacional estaria interessada em comprar a fatia da alemã.


"Eu tenho lido na imprensa esse interesse potencial, tanto da CSN quanto da Gerdau. Considero as duas excelentes empresas, muito qualificadas, e aguardo o desenrolar das negociações", disse, reiterando que a parte vendedora é a Thyssen. "Então, nós vamos aguardar", concluiu.

O executivo participou nesta segunda-feira da abertura do Fórum de Desenvolvimento Sustentável, Novas Dimensões para a Sociedade e Negócios, patrocinado pela Vale, no Jardim Botânico, no Rio.

A mineradora lançou um prêmio para a comunidade científica, que recompensará as melhores pesquisas e iniciativas da academia no desenvolvimento de soluções inovadoras voltadas para a sustentabilidade. A iniciativa é em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasExecutivosExecutivos brasileirosMineraçãoMurilo FerreiraPobrezaRio+20SiderúrgicasVale

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado