Joe Biden (foto de arquivo) (Joe Raedle/Getty Images)
Ligia Tuon
Publicado em 16 de novembro de 2020 às 17h44.
Última atualização em 16 de novembro de 2020 às 18h45.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em discurso nesta segunda-feira, 16, que apoia um robusto pacote de estímulo econômico, como o projeto de 3 trilhões de dólares que os democratas da Câmara aprovaram no início deste ano e insistiu que o financiamento para estados e cidades precisa ser incluído nessa legislação.
Além disso, disse que licença médica e dinheiro para creches também são prioridades, argumentando que as pessoas não deveriam ter que escolher entre trabalhar e cuidar de outras pessoas.
Ele disse ainda que se reuniu com empresários e representantes de trabalhadores para tratar da situação do emprego no contexto da pandemia do coronavírus.
Entre eles, estavam nos encontros os CEOs da GM, da Target, da Microsoft, e os presidentes da United Auto Workers e da United Food and Commercial Workers.
"Todos nós concordamos que queremos colocar a economia de volta nos trilhos, com os trabalhadores voltando ao trabalho e o vírus sob controle. Nós teremos um inverno muito sombrio. Vai ficar muito mais difícil, antes de ficar fácil. Nós não vamos medir esforços para enfrentar a covid-19, abrir as empresas e colocar esta pandemia para trás", disse.
A covid-19 se espalha pelo território americano mais rapidamente do que em qualquer momento desde o início da pandemia. Até agora, mais de 11 milhões de casos já foram reportados, com um aumento de um milhão em menos de uma semana, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins.
Apesar de prever tempos difíceis a frente, Biden diz que é possível passar pelos obstáculos da crise com protocólos necessários, como o uso de máscaras, testagem em massa, tratamentos eficientes e distribuição gratuita da vacina:
"Ter a vacina e vacinação são coisas completamente diferentes. Tão cedo tivermos um plano nacional de vacinação, tão cedo vamos fazer uma transição para frente. Precisamos garantir que as empresas e os trabalhadores tenham acesso às ferramentas e aos recursos. e uma política nacional de segurança", diz.
Na semana passada, o presidente americano Donald Trump anunciou que a distribuição de vacinas da Pfizer seria feita sem custo aos cidadãos.
Em resposta à primeira pergunta de um repórter sobre as consequências de não coordenar com o governo Trump no combate à pandemia do coronavírus, Biden respondeu: "mais pessoas podem morrer, se não coordenarmos. Se tivermos que esperar até 20 de janeiro para começar esse planejamento, isso nos deixará atrasados, mais de um mês e meio”.
Antes dele, Kamala disse que se reuniu, junto com Biden, com empresários que representam milhões de postos de trabalho do país e alguns dos líderes de companhias de tecnologia e do varejo. "Nós temos uma grande preocupação em como esta pandemia vai impactar nos trabalhadores. Especialmente os serviços essenciais, como os trabalhadores da saúde", disse.
Kamala ressaltou ainda que a pandemia afetou as comunidades negras e latinas, que tem três vezes mais chances de ter covid-19. Lembrou também que, no último mês, o desemprego dos negros foi o dobro da taxa média total do país. "Neste momento temos de abrir a nossa economia de maneira segura, protegendo os trabalhadores".