Bombeiros palestinos tentam apagar um incêndio após um ataque aéreo israelense, em Gaza (REUTERS/Suhaib Salem)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 13h01.
Gaza - Aviões de Israel atacaram áreas populosas da Faixa de Gaza nesta segunda-feira e levaram o número de palestinos mortos a 94. Israel tem aumentado seus alvos nos confrontos contra o Hamas, que já duram seis dias.
Em uma escalada de seus bombardeios, Israel atacou casas de ativistas do Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza, no domingo. Os ataques mataram 24 civis em menos de dois dias, dobrando o número de civis mortos no conflito, segundo fontes.
O crescente número de vítimas intensificou a pressão sobre Israel para o término dos confrontos.
Enquanto isso, militantes do Hamas atiraram centenas de foguetes em Israel, um dos quais atingiu uma escola vazia. Outros atingiram áreas abertas das cidades de Beer sheva, Ashdod e Asheklon. As escolas localizadas no sul de Israel estão fechadas desde quarta-feira, quando começou o conflito.
Os novos ataques foram feitos no momento em que o Egito tenta negociar um cessar-fogo, com a ajuda da Turquia e do Catar. O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, e uma delegação de ministros árabes são esperados em Gaza nesta terça-feira. Um rápido fim ao conflito, no entanto, parece improvável.
Uma autoridade egípcia disse à Associated Press nesta segunda-feira que tanto Israel quanto o Hamas estão apresentando suas condições para cessar-fogo ao Egito. "Espero que até o fim do dia recebamos um sinal definitivo do que pode ser feito", disse. A fonte afirmou ainda que Israel e Hamas buscam garantias para dar um fim de longo prazo às hostilidades. Segundo a autoridade, o objetivo do Egito é acabar com o conflito.
Ao todo, o confronto já matou 94 palestinos, incluindo 50 civis, e deixou 720 feridos, segundo uma fonte ligada à saúde em Gaza. Entre os feridos estão 225 crianças. No lado de Israel, três civis foram mortos por ataques de foguetes e dezenas ficaram feridos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar em contato com países da região na tentativa de dar fim ao conflito, apesar de afirmar que Israel tem o direito de se defender dos ataques de foguetes. Ele também alertou para os riscos que o país judeu enfrentaria se a guerra, por enquanto aérea, chegasse ao solo. As informações são da Associated Press.