Mundo

Vacinação de crianças contra covid suspensa no Uruguai: governo recorre da decisão judicial

Um juiz do Uruguai determinou "a suspensão imediata" da vacinação contra o coronavírus para os menores de 13 anos, até que se conheçam os contratos entre o governo e a Pfizer

Imunizante da Pfizer para crianças: Justiça do Uruguai quer saber teor dos contratos com o governo. (© Paul Hennessy / SOPA Images/Sipa USA/Agência Brasil)

Imunizante da Pfizer para crianças: Justiça do Uruguai quer saber teor dos contratos com o governo. (© Paul Hennessy / SOPA Images/Sipa USA/Agência Brasil)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 11 de julho de 2022 às 11h02.

Última atualização em 11 de julho de 2022 às 16h39.

O Ministério da Saúde do Uruguai apresentou um recurso nesta segunda-feira, 11, contra a decisão da Justiça do país que suspendeu a vacinação contra a covid-19 de crianças menores de 13 anos. De acordo com informações do jornal El País, o prazo para uma resposta do governo uruguaio no processo iria até terça-feira, 12, mas a intenção foi resolver a questão o quanto antes.

Com a réplica do governo, explicando os argumentos, o caso é elevado ao Tribunal de Apelação Cível. Esse órgão tem quatro dias para dar um posicionamento. Até lá, a imunização fica parada.

Na quinta-feira, 7, um juiz do Uruguai determinou "a suspensão imediata" da vacinação contra o coronavírus para os menores de 13 anos, até que se conheçam os contratos entre o governo e a farmacêutica Pfizer e a "composição das substâncias" contidas no medicamento.

"Sob advertência de desacato", o juiz Alejandro Recarey, que atua como suplente em um Tribunal Contencioso Administrativo, tomou essa decisão após a apresentação de um recurso para suspender a aplicação da vacina em crianças, prevista no país a partir dos 5 anos de idade, de forma voluntária.

A suspensão permanece vigente até a publicação integral de "todos os contratos de compra destas vacinas" e dos documentos que "detalhem a composição das substâncias a inocular", diz a resolução.

Recarey entende que deve ser "fornecido aos responsáveis dos menores que se vacinem" um texto "que informe completamente e com clareza" sobre o conteúdo das injeções, seus benefícios, os riscos de sua aplicação, "com detalhe de natureza, probabilidade [e] magnitude", e os "efeitos adversos já detectados, em sua totalidade".

As disposições do contrato firmado entre o governo uruguaio e a Pfizer não foram apresentadas publicamente no país sul-americano de 3,5 milhões de habitantes, que está entre as nações que vacinaram mais rápido contra a covid-19 em todo o mundo.

Antes da sentença, o governo uruguaio desafiou o juiz questionando sua imparcialidade "por ter dado sua opinião anteriormente sobre o mesmo assunto".

(Com AFP)

VEJA TAMBÉM

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusUruguaivacina contra coronavírus

Mais de Mundo

Manifestação reúne milhares em Valencia contra gestão de inundações

Biden receberá Trump na Casa Branca para iniciar transição histórica

Incêndio devastador ameaça mais de 11 mil construções na Califórnia

Justiça dos EUA acusa Irã de conspirar assassinato de Trump; Teerã rebate: 'totalmente infundado'