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Vacina reduz em 85% número de casos de dengue hemorrágica

O percentual se refere ao número de casos de dengue hemorrágica; nos casos comuns da doença, a eficácia é de 56%


	Mosquito Aedes Aegypti: o estudo foi feito em 10.275 crianças
 (James Gathany/Wikimedia Commons)

Mosquito Aedes Aegypti: o estudo foi feito em 10.275 crianças (James Gathany/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 09h21.

São Paulo - Um estudo da farmacêutica Sanofi, publicado nesta quinta-feira, 10, na revista científica britânica The Lancet, mostra que uma vacina contra a dengue reduziu em 88,5% o número de casos de dengue hemorrágica e em 56% o número de casos comuns da doença em testes em três países asiáticos. O documento apontou ainda diminuição de 67% dos riscos de hospitalizações.

Esse foi o primeiro teste de uma vacina contra a doença que chegou à fase 3, aplicada em um grande número de voluntários e última etapa antes de a vacina ser submetida aos órgãos reguladores dos países.

O documento, no entanto, não mostrou a mesma eficácia acima dos 50% contra todos os quatro subtipos da doença comum. Contra o subtipo 2 foi obtida a menor proteção: 35%. Já nos subtipos 3 e 4 a proteção chegou a 75% e, contra o subtipo 1, teve eficácia de 50%.

O estudo foi feito em 10.275 crianças de 2 a 14 anos em 12 áreas endêmicas de Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. Foram aplicadas, no total, três dose da vacina.

Segundo a diretora de saúde pública da Sanofi, Lucia Bricks, é comum que as vacinas tenham melhor desempenho entre as formas mais graves das doenças, como ocorre com a gripe. "A redução de casos da dengue hemorrágica é de grande importância porque reduz a forma mais grave, que, embora mais rara, é mais perigosa."

A vacina também está sendo testada em países da América Latina, incluindo o Brasil, com um número ainda maior de voluntários: 20 mil. O resultado deve ser publicado ainda neste ano, segundo Lucia.

Após a consolidação dos resultados dessa segunda etapa, a vacina será submetida aos órgãos reguladores dos países para então ser comercializada. "Esperamos que isso ocorra até o fim de 2015." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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