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Vacina para ebola chega à Libéria para teste em larga escala

Os testes devem começar na região de Monróvia, capital do país, e irão envolver cerca de 30 mil pessoas


	Profissionais de saúde: eles serão as primeiras pessoas a receber a vacina
 (Zoom Dosso/AFP)

Profissionais de saúde: eles serão as primeiras pessoas a receber a vacina (Zoom Dosso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 20h32.

São Paulo - As primeiras doses da vacina do ebola foram enviadas para a Libéria nesta sexta-feira (23), segundo um porta-voz da GlaxoSmithKline (GSK), uma das empresas que criaram o antídoto.

Outra vacina da Merck e da NewLink também será testada.

"O envio é uma grande realização e mostra que estamos no caminho certo com o desenvolvimento acelerado de nossa vacina para o ebola", disse Moncef Slaoui, diretor da GSK.

Em dezembro, o teste da vacina da Merck e da NewLink foi interrompido após voluntários terem reclamado de dores nas juntas.

Após investigar o efeito colateral, cientistas concluíram que ele não representava um problema grave que pudesse interromper o desenvolvimento da vacina.

Nenhum efeito colateral semelhante foi verificado durante os testes com a vacina da GSK.

O primeiro carregamento da vacina será usado no primeiro teste em larga escala da vacina, que acontece nas próximas semanas na Libéria.

"Esperamos começar na última semana de janeiro, mas ainda existem algumas questões com órgãos reguladores que precisam ser acertadas", afirma Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infectocontagiosas dos Estados Unidos.

Os testes devem começar na região de Monróvia, capital do país, e irão envolver cerca de 30 mil pessoas.

Pacientes já infectados e que sobreviveram ao vírus serão excluídos desse teste, segundo a GSK.

As primeiras pessoas a receber a vacina serão profissionais de saúde, um dos grupos que têm mais risco de contrair o ebola.

Apenas na Libéria, 178 enfermeiros e médicos morreram em decorrência do vírus.

Outro teste, em Serra Leoa, deve começar poucas semanas depois dos testes começarem na Libéria.

Serra Leoa tem o maior número de infecções por ebola no mundo, com 10340 casos e 3154 mortes.

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