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Uruguai "nunca" terá turismo ligado à maconha, diz ministra

País legalizou a produção e venda de maconha para o uso recreativo

Ministra descartou a possibilidade de o país explorar a característica da mesma forma que Amsterdã (PABLO PORCIUNCULA/Getty Images)

Ministra descartou a possibilidade de o país explorar a característica da mesma forma que Amsterdã (PABLO PORCIUNCULA/Getty Images)

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EFE

Publicado em 7 de janeiro de 2018 às 14h34.

Montevidéu, 7 jan (EFE).- A ministra de Turismo do Uruguai, Liliam Kechichian, afirmou que sua pasta "nunca" verá como "ferramenta ou elemento para atrair pessoas" o fato de o país ter legalizado a produção e venda de maconha para o uso recreativo, informou neste domingo a imprensa local.

"Definitivamente, não. Nunca verei como uma ferramenta ou elemento para atrair pessoas ao Uruguai", disse Liliam em uma entrevista publicada hoje pelo jornal "El País".

Neste sentido, a ministra descartou a possibilidade de o país explorar essa característica da mesma forma que Amsterdã, onde o turismo canábico está consolidado há muito tempo.

"O discurso do governo foi firme: o Uruguai não terá turismo canábico nunca", afirmou a integrante do Executivo do presidente Tabaré Vázquez.

Segundo Liliam, a legalização da produção e comercialização de maconha no país - que foi aprovada em dezembro de 2013, no governo de José Mujica (2010-2015) - é uma proposta que "tem a ver com uma luta contra o tráfico", e não com outros aspectos.

"Nós pretendemos combater o uso das drogas e não que seja um elemento de promoção de nenhuma coisa", acrescentou.

Perguntada sobre o fato de muitos visitantes estrangeiros pesquisarem sobre como ter acesso à substância, a ministra apontou que o "decreto é bem claro" e que não foi complicado para o seu Ministério fazer os turistas entenderem que não podem comprar maconha legalmente no país, onde a produção e venda só é possível para cidadãos uruguaios.

"Quando se sintetiza uma medida forte, como procurar um caminho alternativo para o combate ao tráfico de drogas, o estrangeiro acredita que podemos chegar a ser um país canábico. Ou que se pode fazer turismo canábico", expressou Liliam. EFE

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