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Uruguai negou asilo porque há estado de direito no Brasil

Uruguai disse que negou asilo aos ativistas acusados de formação de quadrilha por participação em protestos porque no Brasil rege um estado de direito

Ato em frente ao consulado do Uruguai, no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/ABr)

Ato em frente ao consulado do Uruguai, no Rio de Janeiro (Tomaz Silva/ABr)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 12h23.

Montevidéu - O governo do Uruguai disse nesta terça-feira à Agência Efe que negou o asilo político aos três ativistas brasileiros acusados de formação de quadrilha por sua participação nos protestos do ano passado e da Copa do Mundo, porque "não estavam dadas as condições, já que no Brasil rege um estado de direito".

As garantias para os cidadãos no Brasil "são totais" e a separação de poderes entre o Executivo e o Judicial "também é totalmente respeitada", assinalaram a Efe fontes do Executivo.

Os três são acusados pelo Ministério Público de formação de quadrilha pela participação em grupos que teriam promovido atos violentos durante as manifestações por melhores serviços públicos.

Samy foi detida na véspera da final do Mundial, quando a justiça ordenou a prisão de 23 ativistas.

Paixão e Nascimento não foram detidos, mas também têm mandados de prisão em aberto.

Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva de 23 dos ativistas devido a uma alegada "periculosidade", pois eles significariam um "risco para a ordem pública".

Segundo a promotoria, os acusados integravam um grupo que adquiria material explosivo para promover atos violentos durante as manifestações.

As detenções dos ativistas, na véspera da final da Copa, foram duramente criticadas por organizações de direitos humanos e pela Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro, que as consideraram "arbitrárias e intimidatórias".

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