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Uruguai é o mais republicano da América do Sul, diz Mujica

Presidente uruguaio destacou que, sem ser perfeito, não há nada que seja melhor no entorno regional, particularmente em matéria econômica

Presidente do Uruguai, José Mujica, fala com a imprensa após cerimonia que empossou o novo ministro da Economia, Mario Bergara, em Montevideo (Andres Stapff/Reuters)

Presidente do Uruguai, José Mujica, fala com a imprensa após cerimonia que empossou o novo ministro da Economia, Mario Bergara, em Montevideo (Andres Stapff/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2014 às 08h38.

Montevidéu - O presidente do Uruguai, José Mujica, disse nesta segunda-feira que seu país "é o mais republicano da América do Sul" e que, sem ser perfeito, "não há" nada que seja melhor no entorno regional, particularmente "em matéria econômica".

"A maior parte dos direitos trabalhistas que existem neste país, nem se conhecem fora. Nós temos muito problemas, mas aqui a vida humana vale, é respeitada e somos o país mais republicado da América do Sul", disse o líder em entrevista à emissora "Monte Carlo".

Mujica, um ex-guerrilheiro tupamaro de 78 anos que nos últimos tempos foi reconhecido internacionalmente como o presidente "mais pobre" do mundo e como uma das personalidades mais influentes do ano, pediu a seus compatriotas que "caminhem um pouco" e tenham uma relação com o Uruguai.

"Como o Uruguai não há, em que sentido? Somos perfeitos? Não, não,não. É preciso caminhar um pouco: passei pelo Panamá e vi que andam fazendo uns palacetes que impressionam, mas nem sequer têm um capacete. Ninguém se lembra da vida dos trabalhadores", enfatizou.

"Então demos valor a este pequeno país e criticamos tudo o que quisermos, mas nós é que temos que querer", insistiu.

Em um balanço de sua gestão, o presidente apontou que tentou "priorizar o produtivo, o campo do trabalho", e apesar de reconhecer que não se toca "o céu com a mão" e que há problemas "provenientes do desenvolvimento", as circunstâncias melhoraram.

Mujica convidou seus compatriotas a perceber a realidade "de como estão as pessoas, como vive o povo, como constrói o povo e como o povo progride".

Mesmo assim, o presidente apontou que existem "dificuldades em matéria de segurança, em matéria de aparição de novos vícios", uma realidade "complexa" que mostra como o trabalho do Governo "não acabou com nada ainda". EFE

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