Mundo

Uruguai cria residência especial para regularizar mais de 20 mil migrantes

O decreto, assinado na véspera pelo presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, busca encerrar o limbo no qual se encontram milhares de estrangeiros

Uruguai: com a nova regulamentação, refugiados poderão optar por renunciar ao pedido de asilo e proceder à residência legal (Alan Santos/PR/Flickr)

Uruguai: com a nova regulamentação, refugiados poderão optar por renunciar ao pedido de asilo e proceder à residência legal (Alan Santos/PR/Flickr)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 16 de maio de 2024 às 20h01.

Tudo sobreUruguai
Saiba mais

O governo do Uruguai criou a "residência por arraigo", uma figura jurídica que permitirá excepcionalmente a regularização da situação migratória de mais de 20 mil pessoas, a maioria proveniente de Cuba, informou o ministério das Relações Exteriores uruguaio nesta quinta-feira, 16. 

Por que o Uruguai é caro? Custos elevados surpreendem dentro e fora do país

O decreto, assinado na véspera pelo presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, busca encerrar o limbo no qual se encontram milhares de estrangeiros.

Tratam-se de pessoas que entraram no país como requerentes de asilo, mas não cumprem os requisitos para serem refugiados, nem podem obter residência legal de acordo com a legislação em vigor.

Presidente uruguaio acusa Argentina e Brasil de travar TLC com a China

"Tem como alvo mais de 20 mil pessoas que estão em situação irregular", explicou aos jornalistas o ministro uruguaio das Relações Exteriores, Omar Paganini.

Como funciona e quem tem direito?

Paganini disse que a medida se destina "basicamente" a migrantes "de origem cubana" que solicitaram asilo ao entrar no país, por não possuírem o visto que o Uruguai exige de Cuba.

Agora, com a nova regulamentação, essas pessoas poderão optar por renunciar ao pedido de asilo e proceder à residência legal.

Deste modo, terão acesso a três tipos de residência: de arraigo profissional ou trabalho autônomo (permanente), de arraigo familiar (permanente) e de arraigo de formação (temporária renovável).

Eventualmente, elas também serão capazes de pleitear a cidadania uruguaia. Paganini enfatizou que o decreto também permite o reagrupamento familiar, para o qual os requerentes de asilo não são elegíveis.

Questionado sobre a possibilidade de a "residência por arraigo" estimular a migração para o Uruguai, o chanceler frisou que esta figura jurídica se aplica apenas a quem já se encontra no país em situação irregular.

Atualmente, a Comissão de Refugiados (CORE), responsável pelo processamento dos pedidos de asilo, tem mais de 24 mil solicitações pendentes de resposta, informou o ministério das Relações Exteriores do Uruguai.

Acompanhe tudo sobre:UruguaiCuba

Mais de Mundo

Brasil está confiante de que Trump respeitará acordos firmados na cúpula do G20

Controle do Congresso dos EUA continua no ar três dias depois das eleições

China reforça internacionalização de eletrodomésticos para crescimento global do setor

Xiaomi SU7 atinge recorde de vendas em outubro e lidera mercado de carros elétricos