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Uruguai amplia benefícios aos casais homossexuais

Banco de Previdência Social do Uruguai incluirá casais desempregados filiados no fundo Nacional de Saúde, com independência de orientação sexual ou gênero


	Gays: desde a aprovação no Uruguai da Lei de Casamento Igualitário em abril, os casais homossexuais também adquiriram o acesso às pensões em caso de viuvez
 (GettyImages)

Gays: desde a aprovação no Uruguai da Lei de Casamento Igualitário em abril, os casais homossexuais também adquiriram o acesso às pensões em caso de viuvez (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 12h19.

Montevidéu - O Banco de Previdência Social do Uruguai (BPS) incluirá a partir do dia 1 de dezembro os casais desempregados filiados no fundo Nacional de Saúde (Fonasa), com independência de orientação sexual ou identidade de gênero.

Assim explicou nesta terça-feira à Agência Efe o presidente da associações de famílias do coletivo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), e homoparental do Uruguai, Omar Salsamendi, em alusão a uma reunião que realizou na segunda-feira com o presidente do BPS, Ernesto Murro.

Salsamendi esclareceu que, com esta medida, os casais filiados ao BPS poderão ter acesso à cobertura sanitária e hospitalar no local que escolherem, embora careçam de um emprego.

A norma afetará tanto os casais, como aqueles que tenham uniões concubinárias de fato ou de direito (mediante a uma sentença judicial), já que se trata de pessoas do mesmo e de diferentes sexos.

Segundo Salsamendi, os casais do mesmo sexo já estavam incluídos em uma legislação que amplia a quantidade recebida do seguro desemprego de 50% a 70% do salário pelo conceito de "família constituída".

Além disso, desde a aprovação no Uruguai da Lei de Casamento Igualitário em abril, os casais homossexuais também adquiriram o acesso às pensões em caso de viuvez.

Por outra parte, a associação de famílias LGBT propôs ao presidente do BPS que a instituição preste mais atenção em "adultos homossexuais, que normalmente foram invisibilizados pelos preconceitos", destacou Salsamendi.

"Os adultos homossexuais, bissexuais ou transsexuais sofrem uma dupla discriminação, por razão de sua idade e também por sua identidade de gênero e orientação sexual", denunciou o ativista.

Para tentar "conscientizar" sobre o tema, a associação realizará diversas oficinas dirigidas por comandantes do BPS, para informar sobre os novos direitos e as atuais normativas em vigor que afetam a comunidade LGBT.

Também haverá a realização de outros cursos de formação dirigidos a aposentados.

A lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Uruguai foi aprovada em abril e desde então "ocorre um casamento entre dois homens ou entre duas mulheres aproximadamente a cada dois dias úteis", indicou Salsamendi.

Para o representante das famílias LGBT, a segurança jurídica desta lei, "transversal a todos os partidos políticos", e a aceitação social dos casais homossexuais no país "são um humilde exemplo do que o Uruguai dá ao mundo".

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