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Uruguai aceitará pedido de asilo de ex-presidente peruano Alan García

García é investigado por lavagem de dinheiro; segundo a acusação, o ex-presidente recebeu US$ 100 mil da Odebrecht

Governo do Uruguai afirmou neste domingo irá aceitar o pedido feito pelo ex-presidente peruano Alan García ao país (Mariana Bazo/Reuters)

Governo do Uruguai afirmou neste domingo irá aceitar o pedido feito pelo ex-presidente peruano Alan García ao país (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de novembro de 2018 às 09h01.

Montevidéu - O governo do Uruguai afirmou neste domingo que a Convenção sobre Asilo Diplomático de 1954, assinada pelos membros da Organização de Estados Americanos (OEA), ampara o pedido feito pelo ex-presidente peruano Alan García ao país.

García entrou em contato com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, para pedir asilo político no país, solicitação que será aceita seguindo as regras previstas na convenção.

A confirmação foi feita pelo chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, ao jornal local "El País". Segundo ele, o artigo 1º da convenção afirma que todo Estado tem direito, em exercício de sua soberania, admitir em seu território as pessoas que julgar coniventes, sem que outro país possa fazer qualquer exigência.

García está na embaixada uruguaia em Lima para fazer oficialmente o pedido, confirmou à Agência Efe o senador Marcos Otheguy, da Frente Ampla, coalizão que governa o Uruguai.

O ex-presidente peruano decidiu pedir asilo ao Uruguai depois de ser proibido de deixar o Peru por 18 meses ontem enquanto é investigado por corrupção dentro do escândalo da Odebrecht.

Em comunicado, o Ministério de Relações Exteriores do Peru informou que o embaixador uruguaio em Lima, Carlos Alejandro Barros, enviou uma mensagem ao governo local para comunicar que García foi até sua casa na noite de ontem para solicitar o asilo político.

García é investigado por lavagem de dinheiro pelo promotor José Domingo Pérez. Segundo a acusação, o ex-presidente recebeu US$ 100 mil da Odebrecht, através de um intermediário, para fazer uma palestra em São Paulo há seis anos.

Além disso, García é suspeito de ter envolvimento com as propinas pagas pela construtora brasileira para ser beneficiada na construção da linha 1 do metrô de Lima.

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