Os centros de votação em Buenos Aires abriram às 8h (mesmo horário de Brasília) e ficarão abertos até às 18h (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
Agência de Notícias
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 11h32.
Os colégios eleitorais da província de Buenos Aires, a mais populosa da Argentina, abriram na manhã deste domingo, 7, para a realização de eleições legislativas cujo resultado terá impacto na campanha para as eleições nacionais do próximo mês de outubro.
Cerca de 14,3 milhões de pessoas são esperadas para votar neste domingo para eleger 46 deputados e 23 senadores para a Assembleia Legislativa provincial, com sede na cidade de La Plata (60 quilômetros ao sul da capital argentina) e que no total tem 92 assentos na Câmara Baixa e 46 no Senado.
Além disso, a votação servirá para eleger os membros dos conselhos deliberativos dos 135 municípios da província de Buenos Aires.
Os centros de votação abriram às 8h (mesmo horário de Brasília) e ficarão abertos até às 18h.
A província está dividida em oito zonas eleitorais, nas quais foram habilitadas 41.189 mesas de votação para votar com cédulas de papel.
Em cada uma das oito seções eleitorais competem cerca de 15 partidos e alianças eleitorais.
Entre as principais frentes estão a Força Pátria, aliança de unidade de diversos setores do peronismo, incluindo os que são liderados pelo atual governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, a ex-presidente argentina Cristina Kirchner (2007-2015) e o ex-ministro da Economia Sergio Massa.
Sua principal rival é a legenda de extrema-direita A Liberdade Avança (LLA), liderada em nível nacional pelo presidente Javier Milei, e que para estas eleições provinciais formou uma aliança com o Proposta Republicana (PRO), partido conservador liderado pelo ex-presidente argentino Mauricio Macri (2015-2019).
Também competem, entre outros, o Somos Buenos Aires, frente de setores peronistas opostos ao kirchnerismo; e a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores Unidade.
As eleições legislativas provinciais costumam atrair pouca atenção na Argentina, pois quase sempre são ofuscadas pelos pleitos de âmbito nacional.
Mas, desta vez, as eleições provinciais foram desmembradas das legislativas nacionais, agendadas para 26 de outubro.
Tanto o governo de Milei quanto o peronismo escolheram como estratégia política colocar a eleição provincial como uma batalha-chave para se posicionar com solidez para as eleições nacionais de outubro, nas quais a composição do Parlamento argentino será parcialmente renovada.
A reta final da campanha para a eleição deste domingo foi marcada por denúncias de corrupção no governo de Milei, o veto presidencial a leis em favor de aposentados e deficientes, tensões nos mercados e uma estagnação da economia.
As pesquisas pré-eleitorais previram, em sua maioria, uma vitória do peronismo, por uma pequena margem.