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Uribe diz que partido mudará acordo com Farc caso vença eleições

Ex-presidente considera que o atual presidente, Juan Manuel Santos, facilitou a impunidade para as Farc e a impunidade

Álvaro Uribe, sobre as Farc: "não serão eliminados os acordos, e sim modificados" (AFP/ Donald Bowers/AFP)

Álvaro Uribe, sobre as Farc: "não serão eliminados os acordos, e sim modificados" (AFP/ Donald Bowers/AFP)

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EFE

Publicado em 21 de junho de 2017 às 11h11.

Última atualização em 21 de junho de 2017 às 11h11.

Madri - O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe afirmou nesta quarta-feira que se seu partido, o Centro Democrático, vencer as eleições de 2018, o acordo de paz assinado com a guerrilha das Farc será modificado porque - ao seu julgamento - proporciona "impunidade" e facilita a violência.

"Não serão eliminados os acordos, e sim modificados", disse Uribe em um café da manhã informativo em Madri, organizado pelo Foro Nova Economia.

O político, que se definiu como "a oposição na Colômbia", foi muito crítico com o governo do presidente Juan Manuel Santos, ao considerar que facilitou a impunidade para as Farc e a impunidade, disse, "é a parteira da violência".

Também rejeitou a "elegibilidade" dos antigos guerrilheiros, a quem qualificou de "marxistas leninistas" que debilitariam a economia colombiana e pretendem "criar uma segunda Venezuela".

Uribe, que se disse "um agitador político dos valores democráticos", condenou o atentado que no último fim de semana deixou três mortos em um shopping de Bogotá, e insistiu que "não se pode continuar na tarefa de indulgência com o terrorismo".

Além disso, mostrou sua preocupação pelo sequestro de dois jornalistas holandeses nesta semana na região de Catatumbo, uma conflituosa área fronteiriça com a Venezuela, país ao qual acusa de apoiar grupos guerrilheiros colombianos.

O agora senador, que não será candidato à presidência do seu país porque a Constituição o impede, exigiu uma reforma da justiça para evitar - segundo suas palavras - que a guerrilha das Farc, à qual definiu como o maior cartel de cocaína do mundo, "dê a sua própria justiça".

O ex-presidente denunciou que a violência está aumentando na Colômbia, sobretudo os sequestros, o que - disse - debilita a economia porque retira a confiança dos investidores.

Uribe também denunciou um aumento do narcotráfico e o atribuiu ao acordo com as Farc, o qual lembrou ter sido rejeitado em um referendo: "contra o mundo, ganhou o não", afirmou, em referência à consulta popular.

Além disso, foi muito crítico com a Venezuela, país do que disse se encontra em "emergência democrática".

De visita na Espanha, Uribe oferecerá amanhã uma conferência na Universidade Católica de Valência.

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