Mundo

Uribe lidera em Cartagena protesto contra acordo de paz

Uribe é, junto ao também ex-presidente Andrés Pastrana, um dos principais promotores do "Não" ao acordo de paz alcançado entre o governo e as Farc


	Uribe em protesto: pelo acordo, aqueles que confessarem seus crimes a um tribunal especial poderão evitar a prisão e receber penas alternativas
 (John Vizcaino/Reuters)

Uribe em protesto: pelo acordo, aqueles que confessarem seus crimes a um tribunal especial poderão evitar a prisão e receber penas alternativas (John Vizcaino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 18h16.

O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe liderou nesta segunda-feira um protesto contra o acordo de paz entre o governo e as Farc em Cartagena das Índias, a poucas horas da assinatura pelo presidente Juan Manuel Santos e pelo líder guerrilheiro Timochenko.

Uribe, um dos líderes da campanha pelo 'Não' no referendo de 2 de outubro em que os colombianos deverão aprovar o acordo, participou de uma mobilização com cerca de cem pessoas em uma praça da cidade caribenha, entre gritos de "Colômbia diz não!".

"Uma mensagem à comunidade internacional: os mexicanos não dariam impunidade aos cartéis de droga. Por que se dá impunidade ao maior cartel de cocaína do mundo, as Farc, que é o grande fornecedor dos cartéis do México?", questionou Uribe.

"Os norte-americanos não dariam impunidade a Osama bin Laden, nem os franceses teriam dado impunidade ao ISIS (acrônimo para Estado Islâmico). Por que os colombinos tem que dar impunidade total aos terroristas que atingiram tanto a Colômbia como Bin Laden atingiu os Estados Unidos?", acrescentou.

Uribe é, junto ao também ex-presidente Andrés Pastrana, um dos principais promotores do "Não" ao acordo de paz alcançado entre o governo e as Farc após quase quatro anos de negociações em Havana.

Pelo acordo, aqueles que confessarem seus crimes a um tribunal especial poderão evitar a prisão e receber penas alternativas.

Segundo as pesquisas nas três últimas semanas, o "Sim" ganhará com folga, e entre 28% e 38% dos eleitores optará pelo "Não".

Segundo o determinado pela Corte Constitucional da Colômbia, o acordo será considerado válido se a opção pelo "Sim" tiver mais de 4,4 milhões de votos, e for superior aos votos pelo "Não".

Acompanhe tudo sobre:Política no BrasilColômbiaAmérica LatinaFarcProtestos

Mais de Mundo

Comício de político e ex-astro do cinema deixa 40 mortos na Índia

Trump ameaça demissões em massa caso governo paralise

Trump insinua um avanço nas negociações de paz no Oriente Médio

Prefeito de Nova York, Eric Adams, desiste de disputar reeleição