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Uribe acusa ex-ministras de envolvimento com caso Odebrecht

De acordo com o Centro Democrático, as ex-ministras de Transporte e de Educação, que são namoradas, serão denunciadas ppr tráfico de influência

Odebrecht: Cecilia e Gina divulgaram um comunicado na última quarta-feira na qual afirmam que estão sendo "perseguidas por parte do senador Uribe" (Janine Costa/Reuters)

Odebrecht: Cecilia e Gina divulgaram um comunicado na última quarta-feira na qual afirmam que estão sendo "perseguidas por parte do senador Uribe" (Janine Costa/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 16h35.

Bogotá - O partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente e senador colombiano Álvaro Uribe, vai apresentar denúncias à Procuradoria-Geral da Nação contra duas ex-ministras suspeitas de envolvimento no caso de corrupção da Odebrecht.

"Hoje iremos ao bunker da Procuradoria-Geral apresentar denúncias penais contra as ex-ministras Cecilia Álvarez e Gina Parody por suspeita de corrupção", disse o senador no Twitter.

De acordo com o Centro Democrático, as ex-ministras de Transporte, Cecilia Álvarez Correa (2012-2014), e de Educação, Gina Parody (2014-2016), que são namoradas, serão denunciadas pelo crime de tráfico de influência.

A denúncia foi feita depois de Uribe ter afirmado que a família de Gina tem interesses na construção de portos na região do segundo trecho da Rota do Sul, obra que a Odebrecht venceu a licitação.

"Denunciaremos um possível favor de Cecilia aos Parody, com adição ao contrato da Odebrecht para a via Ocaña-Gamarra", indicou Uribe na semana passada.

Em resposta, Cecilia e Gina divulgaram um comunicado na última quarta-feira na qual afirmam que estão sendo "perseguidas por parte do senador Uribe desde o momento no qual denunciamos que ele permitiu o paramilitarismo em seu governo".

De acordo com documentos divulgados em 21 de dezembro do ano passado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e da África, entre eles a Colômbia.

No início desse mês, as autoridades do país prenderam Gabriel García Morales, vice-ministro de Transporte durante o governo de Uribe, por envolvimento no escândalo de corrupção com a Odebrecht.

Um primeiro pagamento de US$ 6,5 milhões foi feito a García Morales para que ele conseguisse que a construtora brasileira vencesse a licitação do trecho dois da Rota do Sol, rodovia que liga o interior do país ao litoral atlântico.

Posteriormente, a Procuradoria-Geral descobriu que foi efetuado um segundo pagamento, desta vez de US$ 4,6 milhões para o ex-congressista Otto Nicolás Bula Bula, para a licitação da estrada Ocaña-Gamarra, no nordeste da Colômbia.

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