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Nobel da Paz vai para União Europeia

Em meio a crise econômica, a União Europeia foi agraciada com o prêmio Nobel da Paz por contribuir por mais de "seis décadas para a paz e a reconciliação", disse o Comitê


	O presidente do Comitê Nobel afirmou que uma guerra entre França e Alemanha seria hoje impensável, apesar dos dois países terem se confrontado 3 vezes em um período de apenas 70 anos
 (Georges Gobet/AFP)

O presidente do Comitê Nobel afirmou que uma guerra entre França e Alemanha seria hoje impensável, apesar dos dois países terem se confrontado 3 vezes em um período de apenas 70 anos (Georges Gobet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2012 às 09h41.

O Prêmio Nobel da Paz de 2012 foi atribuído nesta sexta-feira à União Europeia (UE), uma instituição atualmente abalada pela crise econômica, mas com a credencial de ter pacificado um continente destruído pela Segunda Guerra Mundial, anunciou o Comitê Nobel norueguês.

A UE (atualmente com 27 membros) e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, em Oslo.

"Durante um período de 70 anos, Alemanha e França se enfrentaram em três guerras (1870, 1914-18 e 1939-45). Hoje em dia, uma guerra entre Alemanha e França é impensável", destacou Jagland.

"Isto demonstra como, através de um esforço bem encaminhado e da construção da confiança mútua, inimigos históricos podem virar sócios próximos", completou.

O prêmio foi uma surpresa em um momento no qual a solidariedade europeia enfrenta o maior desafio em décadas ante as profundas divisões entre os países do sul, muito afetados pela crise da dívida, e os do norte, mais ricos, liderados pela Alemanha.

"O Nobel da Paz é uma grande honra para toda a UE para seus 500 milhões de cidadãos", afirmou o presidente Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso.

"Estou profundamente emocionado e honrado de que a UE tenha vencido o prêmio da paz", disse o presidente do Parlamento Europeu, o deputado social-democrata alemão Martin Schulz.

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