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União Europeia promete reformas em agências de rating

Bloco deverá oferecer proposta para mudanças nas agências ainda em 2011

O comissário Olli Rehn espera concluir as propostas em breve (Chung Sung-Jun/Getty Images)

O comissário Olli Rehn espera concluir as propostas em breve (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 17h19.

Bruxelas - O Executivo da Comissão Europeia informou nesta quinta-feira que proporá em seis meses reformas na regulação das agências de classificação de risco, no momento em que mais um país da zona do euro é rebaixado.

"Os últimos dias mostraram mais uma vez o quão importante é uma regulação maior e melhor das agências de rating", disseram o comissário econômico europeu, Olli Rehn, e o comissário encarregado dos serviços financeiros, Michel Barnier, em comunicado conjunto.

"Nossos serviços estão agora funcionando o mais rápido possível" em um pacote de propostas de reforma, afirmou o comunicado, acrescentando que o pacote "ficará pronto até o fim do verão" no Hemisfério Norte.

A agência de rating Moody's rebaixou a nota de crédito da Grécia na segunda-feira em três degraus, de Ba1 para B1, e atuou mais uma vez nesta quinta-feira, rebaixando a Espanha para Aa2.

Os rebaixamentos ocorrem antes de uma cúpula da zona do euro, a ser realizada na sexta-feira, que abordará os detalhes do fundo de resgate a ser criado a partir de 2013 para lidar com crises potenciais futuras, como a vista na Grécia.

A Grécia pediu que a zona do euro tomasse medidas para regular as agências de rating, depois de seu rebaixamento, com o ministro das Finanças George Papaconstantinou afirmando em uma carta à comissão que as agências estavam "competindo umas com as outras" para prever a próxima crise depois de falhar em alertar com antecedência sobre a crise de 2008.

Em comunicado conjunto, os comissários afirmam que os objetivos da reforma seriam "procurar diversidade neste setor fortemente concentrado; reduzir o excesso de confiança nos ratings; melhorar as notas de crédito soberano e lidar com conflitos de interesse remanescentes.

"Nós podemos assegurar que as reformas serão fundamentais e abordarão diversos problemas existentes", afirma o comunicado. "Estamos acompanhando de perto o que os americanos estão fazendo para garantir que não haja nenhuma discrepância regulatória."

O comunicado afirma ainda que os comissários estão "confiantes nas ações que o governo grego está tomando como parte de seu pacote de reformas".

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