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União Europeia prepara plano de luta contra jihadismo

Após os atentados de Paris, que deixaram 17 mortos, a Europa está em pé de guerra contra o islamismo radical

O ministro belga do Interior, Jan Jambon: ele afirmou ser urgente um plano concreto contra o terrorismo islâmico (Ilmars Znotins/AFP)

O ministro belga do Interior, Jan Jambon: ele afirmou ser urgente um plano concreto contra o terrorismo islâmico (Ilmars Znotins/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2015 às 11h43.

Riga - Os ministros do Interior da União Europeia (UE) se reuniram nesta quinta-feira em Riga para finalizar um plano "concreto e ambicioso" contra o islamismo radical e prevenir novos atentados na Europa.

"É urgente", disse o ministro belga do Interior, Jan Jambon.

Após os atentados de Paris, que deixaram 17 mortos, a Europa está em pé de guerra contra o islamismo radical.

A Bélgica realizou uma operação contra uma célula de jovens belgas extremistas, que estavam preparados para cometer atentados.

Entre as medidas propostas estão o controle sistemático de todos os cidadãos da UE na entrada e saída do espaço Schengen, a criação de um cadastro europeu de dados de passageiros de aviões para seguir os deslocamentos suspeitos, assim como o uso da tecnologia necessária para rastrear as trocas de mensagens nas redes sociais e decodificar algumas comunicações.

Outra frente é trabalhar nas causas da radicalização dos muçulmanos na Europa, evitar que sejam recrutados por movimentos islamitas, impedir que viajem para as zonas de conflito na Síria, Iraque e Líbia, assim como mantê-los localizados quando retornam para a Europa.

A UE precisa de união e não agir de maneira dispersa, como atualmente, segundo especialistas.

"Espero a adoção de propostas concretas e ambiciosas para a reunião de cúpula de chefes de Estado e de Governo em 12 de fevereiro em Bruxelas", declarou o coordenador europeu para a luta antiterrorista, Gilles de Kerchove.

A Europa deve reforçar seu arsenal contra o terrorismo, pois está sob a dupla ameaça de um grande ataque organizado pela Al-Qaeda e ações executadas por indivíduos radicais, os chamados "lobos solitários".

Mais de 3.000 europeus extremistas se uniram aos movimentos islamitas na Síria e no Iraque, segundo números dos Estados e quase 30% retornaram aos países de origem.

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