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União Europeia pede que EUA reconsidere decisão de romper com a OMS

Para a UE, "a OMS precisa continuar a liderar a resposta internacional às pandemias, atuais e futuras. Por isso, o apoio de todos é mais do que necessário"

OMS: será conduzida uma avaliação imparcial sobre a atuação do órgão e sobre a resposta internacional contra o novo coronavírus (REUTERS/Denis Balibouse/Reuters)

OMS: será conduzida uma avaliação imparcial sobre a atuação do órgão e sobre a resposta internacional contra o novo coronavírus (REUTERS/Denis Balibouse/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2020 às 11h10.

Última atualização em 30 de maio de 2020 às 15h02.

A União Europeia pediu que os Estados Unidos reconsiderem a decisão de cortar relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das medidas anunciadas pelo o presidente americano, Donald Trump, por suposta influência da China no órgão que está coordenando os esforços mundiais no combate à pandemia do novo coronavírus. Em comunicado assinado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o bloco reafirma o apoio à organização.

"Cooperação global e solidariedade por meio de esforços multilaterais são os únicos meios viáveis e efetivos de vencer a batalha que o mundo está travando", diz a nota. "A OMS precisa continuar a liderar a resposta internacional às pandemias, atuais e futuras. Por isso, a participação e apoio de todos é mais do que necessário. Em face dessa ameaça global, agora é a hora de ampliar a cooperação e soluções em comum. Decisões que enfraqueçam as decisões internacionais têm de ser evitadas. Neste contexto, pedimos que os EUA reconsiderem a decisão."

A União Europeia chama atenção para uma resolução que todos os países-membros da OMS assinaram no último dia 19 de maio, para iniciar uma avaliação imparcial sobre a atuação do órgão e a resposta internacional contra o novo coronavírus, de forma a criar padrões que possam ser adotados em pandemias futuras. "Avaliar a resposta global é necessária pois há lições a serem aprendidas nesta pandemia, sua dispersão e a resposta a ela", comenta o bloco.

Em anúncio feito ontem, na Casa Branca, Trump afirmou que é preciso ter transparência no órgão, mencionando também que atualmente os EUA pagam 450 milhões de dólares ao ano para a OMS. Anteriormente, o presidente havia suspenso os pagamentos americanos à entidade, também por críticas sobre a possível influência chinesa.

“A China tem o controle da OMS, apesar de pagar apenas 40 milhões de dólares por ano na comparação com o que os Estados Unidos pagam, que é aproximadamente 450 milhões por ano”, disse Trump ontem. “O mundo precisa de respostas da China sobre o vírus. Precisamos de transparência.”

Além disso, ele disse que a China “encobriu” o “vírus de Wuhan”, em uma referência ao novo coronavírus, o que permitiu que a doença se disseminasse pelo mundo e provocasse uma pandemia. O país foi o primeiro epicentro da covid-19, mas conseguiu contornar a crise.

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