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União Europeia exige libertação de jornalistas detidos na Venezuela

Na última semana, vários jornalistas estrangeiros foram detidos durante as manifestações contra o governo Maduro

Venezuela: esposa do líder de oposição Leopoldo Lópes, concede entrevista durante protesto contra Maduro (Andres Martinez Casares/Reuters)

Venezuela: esposa do líder de oposição Leopoldo Lópes, concede entrevista durante protesto contra Maduro (Andres Martinez Casares/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 10h53.

Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 13h04.

A União Europeia (UE) exigiu a libertação de todos os jornalistas detidos sem motivo na Venezuela, anunciou nesta quinta-feira a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em Bucareste, falando a respeito dos cinco europeus que estão detidos naquele país.

"A UE exige a libertação de todos os jornalistas detidos sem motivo", disse Mogherini em entrevista coletiva após uma reunião informal com os ministros da Defesa da UE.

Antes, o governo da Espanha também exigiu do governo da Venezuela a libertação imediata dos quatro funcionários de uma equipe da agência espanhola de notícias EFE.

"O governo da Espanha rejeita energicamente a detenção em Caracas de quatro membros de uma equipe da agência EFE por agentes do SEBIN" (Serviço Bolivariano de Inteligência), afirma um comunicado divulgado pelo ministério das Relações Exteriores.

Os detidos são três jornalistas - a cinegrafista colombiana Mauren Barriga, o repórter espanhol Gonzalo Domínguez e o fotógrafo colombiano Leonardo Muñoz - e um motorista venezuelano, José Salas.

Os profissionais da imprensa, detidos na quarta-feira, viajaram de Bogotá para cobrir a crise na Venezuela.

"O governo exige novamente das autoridades venezuelanas o respeito ao Estado de Direito, aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, das quais a liberdade de imprensa é um elemento central", completa a nota.

França

Os jornalistas da EFE não foram os únicos repórteres estrangeiros detidos na Venezuela.

Fontes diplomáticas confirmaram à AFP que os franceses Pierre Caillé e Baptiste des Monstiers, repórteres do Quotidien - um popular programa do canal de televisão TMC -, foram interceptados quando gravavam imagens dos arredores do Palácio presidencial de Miraflores, confirmaram fontes diplomáticas à AFP.

Os jornalistas franceses foram detidos junto com seu produtor no país, Rolando Rodríguez, denunciou o Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP, em espanhol) da Venezuela.

Chile

Na terça-feira à noite também foram detidos nas proximidades de Miraflores dois repórteres do canal público chileno TVN, Rodrigo Pérez e Gonzalo Barahona, junto com os comunicadores venezuelanos Maikel Yriarte e Ana Rodríguez, que os acompanhavam.

O governo de Maduro ordenou a deportação de Pérez e Barahona depois de "inexplicáveis 14 horas de prisão", informou o chanceler chileno, Roberto Ampuero. Yriarte e Rodríguez foram previamente libertados.

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