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União Europeia aprova possíveis contra-tarifas sobre € 93 bilhões em produtos dos EUA

Bloco pode aplicar tarifas de até 30% sobre produtos dos EUA, com foco em carros e farmacêuticos

União Europeia: nenhuma contramedida entrará em vigor até 7 de agosto (Getty/Getty Images)

União Europeia: nenhuma contramedida entrará em vigor até 7 de agosto (Getty/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 24 de julho de 2025 às 08h34.

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Os países membros da União Europeia votaram nesta quinta-feira, 24, para aprovar contra-tarifas sobre 93 bilhões de euros em produtos norte-americanos, que poderão ser impostas caso o bloco não consiga chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos, disseram diplomatas da UE à Reuters.

A Comissão Europeia, órgão executivo do bloco de 27 países, havia dito na quarta-feira, 23, que o foco principal era alcançar um resultado negociado com Washington para evitar as tarifas de 30% que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que aplicará em 1º de agosto.

O bloco também afirmou que prosseguiria paralelamente com os planos para possíveis contramedidas, fundindo dois pacotes de tarifas propostas de 21 bilhões de euros e 72 bilhões de euros em uma única lista e submetendo-a à aprovação dos membros da UE.

Nenhuma contramedida entrará em vigor até 7 de agosto. Até o momento, a UE não impôs nenhuma contramedida apesar dos repetidos anúncios de tarifas feitos por Trump, e as mais amplas foram adiadas. Os membros da UE autorizaram o primeiro pacote de contramedidas em abril, mas elas foram imediatamente suspensas para dar tempo às negociações.

Possível acordo com os EUA

A UE e os Estados Unidos parecem estar se encaminhando para um possível acordo comercial, o que resultaria em uma tarifa ampla de 15% sobre os produtos da UE importados para os EUA. O acordo espelha a negociação feita com o Japão. Mas Trump ainda precisaria tomar uma decisão final.

De acordo com as linhas gerais do possível acordo, a alíquota de 15% poderia ser aplicada a setores que incluem automóveis e produtos farmacêuticos e não seria somada às tarifas norte-americanas de longa data, que são, em média, de pouco menos de 5%.

Também poderia haver concessões para setores como aeronaves, madeira e alguns medicamentos e produtos agrícolas, que não sofreriam tarifas, segundo diplomatas.

Entretanto, Washington não parece disposto a reduzir sua tarifa de 50% sobre o aço.

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