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União Europeia aprova apoio financeiro de 1,2 bilhão de euros à Ucrânia

Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, 'a primeira parcela será desembolsada em breve, para ajudar a Ucrânia nestes tempos difíceis'

Tropas ucranianas patrulham a linha de frente fora da cidade de Novoluhanske, leste da Ucrânia, em 19 de fevereiro de 2022.  (ARIS MESSINIS/AFP)

Tropas ucranianas patrulham a linha de frente fora da cidade de Novoluhanske, leste da Ucrânia, em 19 de fevereiro de 2022. (ARIS MESSINIS/AFP)

Isabela Rovaroto

Isabela Rovaroto

Publicado em 21 de fevereiro de 2022 às 10h48.

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen informou que os Estados-membros da União Europeia (UE) aprovaram nesta segunda-feira, 21, um pacote de ajuda financeira à Ucrânia - país em crise com a Rússia - no valor de 1,2 bilhão de euros.

"A primeira parcela será desembolsada em breve, para ajudar a Ucrânia nestes tempos difíceis", disse em sua conta no Twitter, sem especificar quantas parcelas serão pagas ou os valores de cada uma delas. "A UE mantém-se firmemente com a sua vizinha soberana e livre Ucrânia", completou Ursula von der Leyen.

 

Obus contra posto de fronteira

Os confrontos prosseguiam nesta segunda-feira no leste da Ucrânia e, segundo fontes das forças de segurança da Rússia, os incidentes afetaram o território do país, com um bombardeio de um posto de fronteira por parte das forças ucranianas, o que foi desmentido por Kiev.

"Em 21 de fevereiro, às 9h50, um obus de tipo não identificado disparado do território da Ucrânia destruiu o posto de serviço dos guardas de fronteira na região de Rostov, a uma distância de cerca de 150 quilômetros da fronteira russo-ucraniana", relatou o FSB (serviço de inteligência), citado pelas agências russas de notícias.

O exército ucraniano negou qualquer bombardeio no território russo e acusou Moscou de divulgar "informações falsas".

"Não podemos impedir que produzam informação falsa, mas sempre podemos enfatizar que não atiramos contra infraestruturas civis ou algum território na região de Rostov, ou qualquer outra coisa", declarou o porta-voz militar ucraniano Pavlo Kovalshuk.

Vladimir Putin deve coordenar nesta segunda-feira uma reunião do conselho de segurança russo, o poderoso organismo que reúne os principais comandantes do exército e dos serviços de inteligência.

Kiev afirmou que registrou 14 bombardeios dos rebeldes pró-Rússia, que deixaram um soldado ferido.

Os separatistas informaram a morte de três civis nas últimas 24 horas, assim como a explosão de um depósito de munições na região de Novoazovsk, sobre o qual acusaram "sabotadores ucranianos".

Não foi possível confirmar as informações com fontes independentes.

"Situação extremamente tensa"

As autoridades das duas "repúblicas" pró-Rússia" autoproclamadas do leste da Ucrânia ordenaram a mobilização dos homens em condições de combater e a transferência de civis para a Rússia. Moscou informou nesta segunda-feira que 61.000 pessoas deixaram a região.

"Eles nos bombardeiam, aterrorizam as crianças. Seus aviões sobrevoam a cidade (...) e vimos as coisas explodindo, pegando fogo", disse à AFP uma das pessoas que deixou a região, Liudmila Kliuiko, 56 anos, ao chegar a Taganrog, na Rússia.

O Kremlin reiterou que a "situação é extremamente tensa" na frente leste ucraniana, e expressou "preocupação".

Os separatistas pró-Rússia que lutam contra Kiev mantêm um conflito no leste do país que provocou mais de 14.000 mortes desde 2014, agravado após a anexação da Crimeia ucraniana pela Rússia.

Moscou nega ter planos para invadir a Ucrânia, mas exige garantias de que a ex-república soviética não vai aderir à Otan e o fim da expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte para suas fronteiras. As demandas foram rejeitadas pelo Ocidente.

Os países ocidentais ameaçaram impor sanções econômicas devastadoras em caso de ataque russo contra a Ucrânia.

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