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União Europeia anuncia fim da fase de emergência da covid-19

A medida ocorre em meio à diminuição significativa no número de mortes e hospitalizações em toda a Europa

França: país reenforça uso de máscaras em tentativa de diminuir número de casos (Charles Platiau/Reuters)

França: país reenforça uso de máscaras em tentativa de diminuir número de casos (Charles Platiau/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2022 às 13h35.

Última atualização em 27 de abril de 2022 às 13h49.

A União Europeia (UE) anunciou nesta quarta-feira, 27, que está saindo da fase de emergência da pandemia de covid-19, enquanto se concentra na vacinação, vigilância pandêmica e testes em preparação para uma possível nova onda no outono, que começa em meados de setembro no hemisfério norte.

A medida ocorre em meio à diminuição significativa no número de mortes e hospitalizações em toda a Europa devido à prevalência da variante Ômicron, mais contagiosa porém menos grave, juntamente com o altos níveis de imunização. Três quartos dos europeus estão totalmente vacinados e mais da metade recebeu uma dose de reforço.

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À medida que o número de infectados pela doença nos sistemas de saúde foi diminuindo nas últimas semanas, vários países do bloco reduziram as restrições para contenção do coronavírus, criando uma confusa colcha de retalhos de medidas em toda a UE.

O anúncio da UE - que veio da Comissão Europeia, braço executivo do bloco - é uma tentativa de coordenar a gestão da pandemia à medida que se torna menos aguda, embora os governos nacionais continuem a definir suas próprias políticas de saúde pública. A recomendação desta quarta não é juridicamente vinculativa e os países são livres para segui-la ou ignorá-la.

A presidente da comissão, Ursula von der Leyen, disse porém que é crucial manter a vigilância. “Novas variantes podem surgir e se espalhar rapidamente”, disse. “Mas sabemos o caminho a seguir. Precisamos intensificar ainda mais a vacinação e o reforço, e (realizar) testes direcionados - e precisamos continuar a coordenar nossas respostas de perto na UE "

Na última terça-feira, o chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que uma queda acentuada nos testes arriscaria deixar o mundo cego para a evolução do vírus e o potencial surgimento de novas e perigosas mutações. “Quando se trata de um vírus mortal, a ignorância não é uma felicidade”, disse.

A OMS é a responsável por declarar uma pandemia e o fim dela, uma medida que tem vastas implicações legais para uma grande variedade de setores, incluindo seguradoras e fabricantes de vacinas. A agência de saúde da ONU disse que a pandemia não acabou.

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