Sudão: os militares reconhecem apenas 46 mortes após repressão (Stringer/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de junho de 2019 às 11h38.
Adis Abeba — A União Africana (UA) suspendeu nesta quinta-feira "com efeito imediato" o Sudão como país membro da organização até o "estabelecimento efetivo" de uma "Autoridade de Transição liderada por civis".
Em mensagem divulgada via Twitter, o Conselho de Paz e Segurança do organismo indicou que a medida impede o Sudão de participar de "todas as atividades da UA" enquanto esse requisito não for cumprido.
A medida foi tomada depois do assassinato de dezenas de pessoas (46, segundo o governo sudanês e 108 segundo o Comitê de Médicos, um sindicato opositor) durante um ataque contra manifestantes na última segunda-feira em Cartum, capital do país.
O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, a violência e repressão no contra os manifestantes no Sudão e pediu ao "Conselho Militar de Transição que proteja os civis de mais danos".
Na quarta-feira, Mahamat anunciou que tinha enviado um representante da organização a Cartum para "conversar com todas as partes" e informar hoje ao Conselho de Paz e Segurança da UA sobre a situação atual no país.