Muammar Kadafi, ditador líbio: Unesco denuncia a perseguição à imprensa (Pascal Le Segretain/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2011 às 12h08.
Paris - A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) condenou nesta quarta-feira a violência contra os jornalistas na Líbia e lamentou que a morte de um cinegrafista da emissora "Al Jazeera" no sábado tenha levado essas intimidações "a um novo extremo".
"Aqueles que exercem a autoridade na Líbia têm que perceber que semelhantes ações não acabarão com seus problemas", diz em comunicado a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova.
Em sua nota, ela afirma que a morte do cinegrafista "é o último ato de uma série de ataques violentos, agressões e detenções de jornalistas na Líbia".
A diretora ressaltou que esse assassinato evidencia os riscos que os jornalistas estão correndo no país, onde, segundo a Unesco, as autoridades bloquearam o sinal dos meios de comunicação estrangeiros e "incitaram a violência" contra a imprensa.
Ela condenou ainda a detenção do enviado especial à Líbia do jornal "O Estado de São Paulo", Andrei Netto, detido pelas forças de segurança durante oito dias, e as agressões sofridas por três jornalistas da emissora pública britânica "BBC" durante 21 horas em 7 de março.