Mundo

Unasul se reunirá na Bolívia por ato de desagravo a Morales

O Brasil vai ser representado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo dos Santos


	A reunião extraordinária foi convocada a pedido do presidente do Equador, Rafael Correa, como resposta à proibição do avião de Morales de sobrevoar e aterrissar em quatro países europeus
 (Maxim Shemetov/AFP)

A reunião extraordinária foi convocada a pedido do presidente do Equador, Rafael Correa, como resposta à proibição do avião de Morales de sobrevoar e aterrissar em quatro países europeus (Maxim Shemetov/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 20h18.

Brasília – Representantes dos países que integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) se reúnem amanhã (4) à tarde, em Cochabamba, na Bolívia, para formalizar um ato de desagravo ao presidente boliviano, Evo Morales.

A reunião extraordinária foi convocada a pedido do presidente do Equador, Rafael Correa, como resposta à proibição do avião de Morales de sobrevoar e aterrissar em quatro países europeus. A Unasul é formada por 12 países, mas o Paraguai está suspenso temporariamente.

O Brasil vai ser representado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo dos Santos. O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, classificou a proibição à aeronave presidencial como sendo um “abuso imperial” que sofreu um “sequestro”.

Ontem (2), o avião de Morales foi proibido de ingressar nos espaços aéreos de Portugal, da França, da Itália e da Espanha porque havia suspeitas de que o ex-agente norte-americano Edward Snowden estivesse a bordo. Morales foi obrigado a desviar a rota e aguardar autorização para seguir viagem, em Viena, na Áustria.

Nos Estados Unidos, Snowden é acusado de espionagem e está na Rússia esperando a concessão de asilo político. O ex-agente denunciou que os norte-americanos monitoravam e-mails e ligações telefônicas de cidadãos dentro e fora do país. Há, ainda, informações que comunicações da União Europeia também foram monitoradas. O norte-americano pediu asilo a 21 países, inclusive ao Bolívia. O pedido também foi feito ao Brasil, que indicou que não concederá.

Os presidentes Dilma Rousseff, Ollanta Humala (Peru), Cristina Kirchner (Argentina), José Pepe Mujica (Uruguai) e Rafael Correa (Equador) prestaram solidariedade a Morales. Nas declarações, eles consideraram os atos dos governos europeus uma violação à América Latina.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBolíviaDiplomaciaEvo MoralesPolíticosUnasul

Mais de Mundo

Papa Francisco mudou regras sobre próprio funeral para ser mais simples

Papa Francisco morre aos 88 anos, diz Vaticano

Menina de 14 anos morre após ser atacada por leão no Quênia

OMS alerta para efeitos dos cortes de fundos dos EUA em áreas de conflito