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Unasul propõe investir US$ 13,7 bilhões em obras até 2022

Verba será utilizada em infraestrutura e faz parte dos 116 bilhões de dólares que a entidade planeja investir na America do Sul

Uma estrada quebrada pela água na Colômbia: Unasul quer melhorar a infraestrutura da região (AFP)

Uma estrada quebrada pela água na Colômbia: Unasul quer melhorar a infraestrutura da região (AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2011 às 14h59.

Brasília - Autoridades da área de infraestrutura da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) anunciaram nesta quarta-feira em Brasília um plano que prevê investimentos de US$ 13,7 bilhões em obras de integração até 2022.

Em entrevista coletiva, a secretária-geral do organismo, a colombiana María Emma Mejía, afirmou que o plano 'será um passo sólido no processo de integração' e será apresentado aos chefes de Estado dos países-membros da Unasul durante a cúpula que realizarão em Caracas no próximo sábado.

Os investimentos de US$ 13,7 bilhões são dirigidos a 31 projetos que foram considerados prioritários pelo Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento (Cosiplan), que se reuniu nesta quarta-feira em Brasília para analisar os planos para o período 2012-2022.

O Cosiplan, segundo explicou a ministra de Planejamento brasileira, Miriam Belchior, apoiou sua análise na pasta de projetos da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), criada em Brasília no ano 2000.

Essa pasta possui projetos de investimento em US$ 116 bilhões, que nos últimos 12 anos foram concluídos plenamente em 12%, enquanto 30% ainda estão em execução e outros 30% em estado de 'preparação avançada', disse Miriam.

As 31 obras que foram escolhidas como 'prioritárias' pelo Cosiplan correspondem a esta pasta do IIRSA e se referem em sua maioria a estradas, pontes, ferrovias e vias fluviais.

Além disso, estão incluídas uma linha de transmissão elétrica entre Assunção e a represa de Itaipu e um gasoduto entre a Bolívia e o norte da Argentina, que supõem as duas únicas obras da área de energia aprovadas para os próximos dez anos.

Além dessas 31 grandes obras, Miriam indicou que há outros 80 projetos nacionais com 'sentido integrador', já em desenvolvimento ou previstos, que ajudarão a melhorar a infraestrutura regional no período 2012-2022.


A ministra brasileira disse que a América do Sul, apesar dos momentos turbulentos da economia mundial, mantém altas taxas de crescimento que lhe permitem tratar da integração e realizar estas obras.

Entretanto, ela esclareceu que ainda não estão claras as vias de financiamento para esses projetos, que contarão com apoio de diversos organismos regionais, como a Corporação Andina de Fomento (CAF), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) do Brasil.

'Todos estes organismos estão dispostos a colaborar', explicou Miriam, que apontou a necessidade de um concurso no setor privado de toda a região, seja em termos financeiros ou de execução.

Para resolver o financiamento, o Cosiplan acordou criar um grupo de trabalho integrado pelos ministros de Economia e Fazenda dos 12 países da Unasul, que se ocupará de tramitar os créditos e as garantias necessárias.

Além disso, foram criados grupos específicos para o setor de telecomunicações e para a integração ferroviária. O primeiro deles será dedicado à análise de uma proposta brasileira, apresentada na terça-feira, sobre a criação de um anel regional de fibra óptica para conectar toda a região pela internet.

Esse projeto, segundo especialistas da Unasul, aproveitaria as conexões nacionais já existentes e precisaria somente de cabos de fibra óptica em alguns pontos fronteiriços. Em sua fase inicial, o custo seria de US$ 60 milhões. EFE

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