Evo Morales sobe em avião presidencial da Bolívia durante escala no Brasil após bloqueio do espaço aéreo de países europeus (REUTERS/Jarbas Oliveira)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2013 às 07h11.
Cochabamba - Líderes da Unasul exigiram, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira, que França, Itália, Portugal e Espanha deem explicações sobre a suposta decisão de proibir a entrada do avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, em seus respectivos espaços aéreos durante um voo sobre a Europa.
Reunidos em Cochabamba para uma reunião extraordinária, representantes dos países latino-americanos também cobraram desculpas das nações europeias e disseram que apoiam uma queixa oficial da Bolívia junto a Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.
Autoridades bolivianas alegam que os quatro países europeus não permitiram que o avião presidencial de Evo Morales entrasse em seus respectivos espaços aéreos em meio a suspeitas de que Edward Snowden estava a bordo. Morales voltava de uma reunião na Rússia, país em que o ex-funcionário da CIA, responsável por relevar informações secretas dos EUA, pode estar escondido.
Os líderes latino-americanos ficaram indignados com o incidente, chamando-o de uma violação da soberania nacional. Além de Evo Morales, que convocou o encontro, os presidentes do Equador, Venezuela, Argentina, Uruguai e Suriname participaram da reunião.
O Brasil foi representado por Marco Aurélio Garcia, principal assessor para assuntos internacionais da presidente Dilma. O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, não pode participar do encontro, pois está na Europa.
Os presidentes da Colômbia, Chile e Peru, que têm fortes laços com os EUA, não estavam presentes. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse nesta quinta-feira que ele apoia Morales, mas pediu que os outros líderes mantenham a calma e evitem uma disputa entre a América Latina e a União Europeia. Fonte: Associated Press.