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Unasul buscará integração em cúpula de chefes de Estado

Líderes estudarão como avançar na integração e dar maior relevância política à organização


	Reunião da Unasul: confirmaram participação a presidente Dilma Rousseff e os presidentes de Bolívia (Evo Morales), Peru (Ollanta Humala), Paraguai (Horacio Cartes) e Equador (Rafael Correa)
 (Jorge Bernal/AFP)

Reunião da Unasul: confirmaram participação a presidente Dilma Rousseff e os presidentes de Bolívia (Evo Morales), Peru (Ollanta Humala), Paraguai (Horacio Cartes) e Equador (Rafael Correa) (Jorge Bernal/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 23h52.

San Juan - Os líderes da União de Nações Sul-americanas (Unasul) estudarão nesta sexta-feira como avançar na integração e dar maior relevância política à organização, em uma cúpula da organização que será realizada pela primeira vez no Suriname e que marca o retorno do Paraguai após mais de um ano de suspensão.

Confirmaram participação na cúpula de Paramaribo, a sétima ordinária da organização, a presidente Dilma Rousseff e os presidentes de Bolívia (Evo Morales), Peru (Ollanta Humala), Paraguai (Horacio Cartes) e Equador (Rafael Correa).

O Suriname, ex-colônia holandesa com pouco mais de meio milhão de habitantes, assumirá no encontro a presidência por um ano, que até lá está nas mãos de Humala, do Peru.

A presidência temporária da Unasul é revezada por ordem alfabética entre os membros - Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

A Unasul tem diante de si vários desafios relacionados com a integração de suas respectivas economias e sociedades, por isso a agenda da sexta inclui uma ampla variedade de temas que passam por segurança, infraestrutura e comunicações até identidade cultural e cidadania sul americana, explicou à Agência Efe uma porta-voz da presidência surinamesa.

O presidente do Suriname, Desiré Delano Bouterse, adiantou em maio durante a Conferência sobre Recursos Naturais e Desenvolvimento Integral da Unasul, em Caracas, a intenção de trabalhar por "integração, unidade e cooperação".

"Agora os papéis foram invertidos, graças ao nosso potencial, e temos a confiança de que as nações devem desempenhar liderança na identificação e resolução de muitos problemas globais que nos são impostas", acrescentou.

Às margens do Atlântico, o Suriname faz fronteira a leste com a Guiana Francesa, a oeste com a Guiana (no passado Guiana Britânica) e no sul com o Brasil.


A agenda desenhada pelo país inclui discussões sobre a criação de um fórum de participação popular e o impulso de uma identidade sul-americana, assim como a melhora da vida dos cidadãos através de infra-estruturas que impulsionem a interconexão de pessoas, mercadorias e recursos.

Segundo a porta-voz, o objetivo da presidência surinamesa será privilegiar "a unidade e o entendimento mútuo dos membros, com especial atenção ao desenvolvimento econômico, a redução da pobreza e o respeito ao meio ambiente".

O Suriname, que neste mês ratificou sua adesão ao Compromisso com a Democracia, parte do Tratado Constitutivo da Unasul, servirá de ponte entre a América do Sul e o Caribe, por também pertencer à Comunidade do Caribe (Caricom).

Na reunião de sexta-feira, o Peru apresentará relatórios sobre os resultados de sua presidência e sobre "temas relativos à visão estratégica da Unasul e ao fortalecimento institucional da Secretaria-Geral", adiantou a porta-voz.

Se algo sem dúvida vai marcar a reunião será a reincorporação do Paraguai, suspenso como membro em junho de 2012 pelo não reconhecimento do grupo à cassação de Fernando Lugo da presidência do país.

Durante a reunião, o recém-empossado presidente do Paraguai, Cartes, pode ter seu primeiro encontro com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que liderou a imposição de sanções ao Paraguai e não foi convidado para a posse de Cartes em Assunção, realizada em agosto.

Outro assunto que fatalmente vai entrar na pauta da cúpula são os programas de espionagem dos Estados Unidos sobre os países da região e a condenação pela Unasul da postura de alguns países europeus ao negar em julho o tráfego aéreo ao avião oficial de Morales pela suspeita de que nele viajava o ex-técnico da CIA Edward Snowden, que vazou dados sobre o sistema de espionagem em massa da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA).

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