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Uma fazenda solar pode surgir sobre cicatrizes de Chernobyl

O governo da Ucrânia está em busca de investidores para construir uma usina solar na região


	Roda gigante em Pripyat, Ucrânia: zona de exclusão em torno de Chernobyl tem incidência abundante de luz solar.
 (Thinkstock)

Roda gigante em Pripyat, Ucrânia: zona de exclusão em torno de Chernobyl tem incidência abundante de luz solar. (Thinkstock)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 28 de julho de 2016 às 17h12.

São Paulo - Trinta anos se passaram desde a tragédia nuclear da usina de Chernobyl, na Ucrânia, mas o cenário pós-apocalíptico permanece como uma espécie de condenação eterna. Isso pode mudar.

Se o solo, o ar e a água foram contaminados, o sol ainda brilha igual e é com ajuda dele que o governo do país pretende "ressuscitar" a região, construindo uma megafazenda de geração de energia solar

O governo da Ucrânia está em busca de investidores para essa empreitada, relata a agência de notícias Bloomberg, que deverá ocupar a zona de exlusão, área que se estende por um raio de 30 km ao redor da usina e onde a incidência de luz natural é abundante.

"O lugar realmente tem bom potencial para a energia renovável", disse o ministro do Meio Ambiente da Ucrânia, Ostap Semerak, à Bloomberg. "Nós já temos linhas de transmissão de alta tensão que foram anteriormente utilizadas para as centrais nucleares e a terra é muito barata".

Autoridades ucranianas dizem que empresas norte-americanas e canadenses estão interessados ​​em investir no projeto. Ainda segundo a agência, o governo daquele país espera iniciar a instalação dos painéis solares antes do final do ano.

Além de dar um sopro de vida para a região, a usina solar deve ajudar a Ucrânia a reduzir sua dependência de gás natural da vizinha Rússia. Os dois países têm uma longa história de atribulações envolvendo o fornecimento de energia.

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