Mundo

Uma em cada cinco crianças vive sem comida suficiente em NY

Nova York - Mais de 20% - ou um quinto - das crianças de Nova York vivem em casas onde não têm o suficiente para comer, alerta um relatório publicado nesta terça-feira. O relatório anual da Coalizão da Cidade de Nova York contra a Fome, que viu um aumento em 10% neste número com relação […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 15h39.

Nova York - Mais de 20% - ou um quinto - das crianças de Nova York vivem em casas onde não têm o suficiente para comer, alerta um relatório publicado nesta terça-feira.

O relatório anual da Coalizão da Cidade de Nova York contra a Fome, que viu um aumento em 10% neste número com relação ao período anterior estudado, é a evidência mais recente a apontar níveis elevados de desigualdade entre os super-ricos da cidade e o resto da população.

A coalizão atribuiu este aumento ao furacão Sandy, que devastou a cidade no ano passado e deixou, até hoje, muitas pessoas sem casa, a cortes incapacitantes no orçamento e à economia americana pós-crise ainda combalida.

No total, um em seis nova-iorquinos, ou 1,3 a 1,4 milhão de pessoas, viviam em casas sem comida suficiente entre 2010 e 2012, e quase meio milhão de crianças estavam nesta situação, 10% a mais do que no período 2006-2008.

Joel Berg, diretor-executivo da Coalizão, disse que cortes orçamentários mais aprofundados significa que o pior estava por vir.

"Enquanto os ricos têm um acesso nunca visto à comida mais refinada, um e seis de nossos vizinhos está lutando contra a fome", afirmou.

"O recente corte (do governo) federal dos vales-alimentação (nr: programa de assistência nutricional a indivíduos de baixa renda) vai piorar ainda mais as coisas. Uma cidade dividida em si mesma não consegue ficar de pé. Precisamos nos levantar juntos", acrescentou.

Segundo o informe, bancos de comida e centros de distribuição de sopa tiveram uma demanda 10% maior em 2013, embora 57% tenham sofrido com cortes de gastos privados e oficiais.

Quase a metade destas instalações dizem faltar recursos suficientes para responder a uma demanda crescente e que são forçados a recusar pessoas, reduzir as distribuições ou limitar o horário de atendimento.

A pesquisa criticou a disparidade crescente de riqueza entre os nova-iorquinos super-ricos e o resto da população.

"O salário de classe média, reajustado pela inflação, é menor do que há uma década. Pobreza, fome e falta de teto dispararam. Quase a metade da população é pobre ou quase pobre", advertiu o informe.

Para o 1,8 milhão de nova-iorquinos que dependem de assistência nutricional do governo, os cortes significam que em novembro uma família com três membros perdeu US$ 29 ao mês ou o equivalente a cerca de 20 refeições.

Um quinto do 1,7 milhão de moradores da cidade vive abaixo da linha oficial de pobreza, que prevê rendimentos de US$ 19.090 ao ano para uma família de três pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)FomePaíses ricos

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado