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Um mês após explosão, megaincêndio atinge área do porto de Beirute

Imagens mostram bombeiros tentando apagar as chamas no porto, onde armazéns foram destruídos pela explosão de 4 de agosto

Após mega explosão, zona portuária de Beirute registra incêndio (Alaa Kanaan/Reuters)

Após mega explosão, zona portuária de Beirute registra incêndio (Alaa Kanaan/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 09h00.

Última atualização em 10 de setembro de 2020 às 09h39.

Um estoque de óleo e pneus na região portuária de Beirute pegou fogo nesta quinta-feira, disse uma fonte das Forças Armadas, pouco mais de um mês depois que uma gigantesca explosão devastou o local e uma área residencial ao redor da capital libanesa.

O incêndio irrompeu na zona franca do porto, erguendo uma enorme coluna de fumaça sobre a cidade. A fonte militar alegou que a causa do incêndio não foi imediatamente esclarecida.

O incêndio ocorreu em um armazém, onde estão estocados óleo para motor e rodas de carro, informou o Exército libanês em um comunicado.

O diretor interino do porto, Bassem al-Kaissi, disse à televisão local que o fogo "começou nos tambores de óleo, antes de se espalhar para os pneus".

"Talvez tenha sido por causa do calor, talvez tenha sido um erro, embora seja muito cedo para saber", disse Kaissi, especulando sobre as possíveis causas do incêndio.

Caminhões dos serviços da Defesa Civil foram enviados para o local do incêndio, e o Exército mobilizou helicópteros para tentar conter as chamas.

Imagens de televisão mostraram bombeiros tentando apagar as chamas no porto, onde armazéns e silos de concreto que armazenam grãos foram destruídos pela explosão de 4 de agosto.

Nas redes sociais, inúmeros vídeos mostraram uma gigantesca bola de fogo e uma densa fumaça preta.

Cerca de 190 pessoas morreram na explosão do mês passado e uma área de Beirute perto do porto foi destruída. A explosão foi causada por um grande estoque de nitrato de amônio que foi mantido em más condições no local por anos.

https://twitter.com/AQtime/status/1304017643448479744

A tragédia acontece num momento em que o país passa por uma crise econômica sem precedentes. Com uma dívida que chega a 170% do PIB, o governo não tem mais recursos nem para pagar as suas próprias contas de energia, telefone e internet.

Como resultado, as operadoras de celular reduziram a velocidade de conexão em vários lugares onde há repartições públicas. Também acabou o dinheiro para importar o combustível que gera a eletricidade. Resultado: boa parte das cidades estava às escuras.

Veja fotos da explosão do dia 4 de agosto:

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