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Um dos comandantes dos atentados de Paris é condenado a 20 anos de prisão

Salah Abdeslam foi julgado, não pelos ataques à capital francesa que deixaram 130 mortos, em 2015, mas por um tiroteio com policiais na capital da Bélgica

Salah Abdeslam: ele é o único comando dos atentados que está vivo (Polícia Belga/Divulgação)

Salah Abdeslam: ele é o único comando dos atentados que está vivo (Polícia Belga/Divulgação)

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AFP

Publicado em 23 de abril de 2018 às 08h57.

Bruxelas - Um tribunal belga declarou nesta segunda-feira o francês Salah Abdeslam, único sobrevivente dos comandos que atacaram Paris em novembro de 2015, culpado por tentativa de assassinato com caráter terrorista e o condenou a 20 anos de prisão por um tiroteio com policiais em 2016 na capital belga.

O tribunal correcional de Bruxelas também condenou o cúmplice de Abdeslam, o tunisiano Sofiane Ayari, ao considerar que não há dúvidas de sua ligação com o radicalismo em ambos os casos.

Nem Abdeslam - de 28 anos e que está detido na França à espera de julgamento pelos ataques de novembre de 2015 em Paris, que mataram 130 pessoas -, nem Ayari, de 24, estavam presentes na audiência.

Quatro policiais ficaram feridos no tiroteio de 15 de março de 2016, que ocorreu durante uma batida em edifício de Forest, arredores de Bruxelas.

Abdeslam, de nacionalidade francesa, mas nascido na Bélgica, foi detido três dias depois no bairro de Molenbeek, em Bruxelas.

Segundo a senença, Abdeslam escreveu um documento dirigido a sua mãe no qual dizia: "Deus me guiou e me escolheu entre seus sevos para abrir o caminho para Ele. Por isso tenho que combater os inimigos de Deus com minha força".

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