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Um bilhão de pessoas vivem sem sanitários, diz OMS

Cerca de um bilhão de pessoas ainda não têm acesso a sanitários, o que representa um risco potencial para a propagação de doenças, destaca a OMS


	Criança em local sem saneamento: deste total, 825 milhões se concentram em apenas dez países
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Criança em local sem saneamento: deste total, 825 milhões se concentram em apenas dez países (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 08h28.

Genebra - Cerca de um bilhão de pessoas ainda não têm acesso a sanitários, o que representa um risco potencial para a propagação de doenças, como demonstrou a disseminação da febre hemorrágica do vírus ebola, destacou um informe anual, publicado pela OMS.

Na Nigéria tem havido apelos à população para que evite a prática de defecar ao ar livre pelo temor de que o vírus se propague pelos líquidos humanos, indicou nesta quarta-feira a Organização Mundial da Saúde, em seu relatório anual dedicado ao acesso à água e aos sanitários.

Na Libéria, o país mais afetado pela epidemia, cerca da metade dos 4,2 milhões de habitantes não utilizam sanitários.

Em Serra Leoa, outro país castigado pelo ebola, a proporção é estimada em 28% da população, acrescentou o informe.

Embora tenha havido progressos no acesso à água potável e aos sanitários, o documento destacou que "a falta de financiamento continua a limitar estes avanços".

Na África subsaariana, onde 25% da população defeca ao ar livre, estimativas indicam que uma criança morre a cada dois minutos e meio, após ingerir água não potável ou como consequência da falta de sanitários e de higiene.

Deste bilhão de pessoas sem acesso a sanitários, 825 milhões se concentram em apenas dez países, cinco deles na Ásia, sendo que a Índia aparece na liderança, com 597 milhões de pessoas, seguida de Indonésia, Paquistão, Nepal e China (10 milhões). Na África, além da Nigéria (39 milhões), completam a lista Etiópia, Sudão, Níger e Moçambique (10 milhões).

"É tempo de agir (...) Nós não sabemos ainda qual será a agenda para o desenvolvimento sustentável após 2015, mas nós sabemos que a água e os sanitários devem ser prioridades claras, se quisermos criar um futuro que permitirá que todos se beneficiem de uma vida sadia, digna e próspera", destacou, durante a apresentação do informe, Michel Jarraud, encarregado de água na ONU e secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

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