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Ultimatos às milícias pró-russas acabaram, diz general

Chefe da operação antiterrorista iniciada hoje pelo governo ucraniano adivertiu milícias que não haverá mais ultimatos


	Silhueta de um soldado ucraniano em Sebastopol: pelo menos 20 blindados do Exército ucraniano já se encontram em reduto das milícias pró-russas
 (Filippo Monteforte/AFP)

Silhueta de um soldado ucraniano em Sebastopol: pelo menos 20 blindados do Exército ucraniano já se encontram em reduto das milícias pró-russas (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 14h55.

Izium - O chefe da operação antiterrorista iniciada nesta terça-feira pelo Governo da Ucrânia, o general Vasyl Krutov, advertiu as milícias pró-russas que "não haverá mais ultimatos" e que o Exército ucraniano "combaterá os invasores estrangeiros".

"Os ultimatos são assuntos de civis. Isto é uma operação militar", disse Krutov a um grupo de jornalistas próximo à cidade de Izium, na região ucraniana de Kharkiv.

Krutov, que é general dos serviços secretos ucranianos, estimou que cerca de "300 homens armados atuam no leste da Ucrânia, principalmente em Slaviansk", cidade da região oriental de Donetsk e próxima à fronteira com a Rússia.

"Vamos combatê-los porque são invasores estrangeiros, bandidos e terroristas", assinalou o chefe do Centro Antiterrorista e subchefe do Serviço de Segurança da Ucrânia.

Neste momento, pelo menos 20 blindados do Exército ucraniano já se encontram em Izium, a cerca de 40 quilômetros da cidade de Slaviansk, reduto das milícias pró-russas que se sublevaram contra Kiev.

Os blindados, que trazem bandeiras ucranianas, se encontram estacionados em um cruzamento de estrada junto ao qual aterrissaram dois helicópteros de transporte militar, segundo pôde comprovar a Agência Efe.

O presidente interino da Ucrânia, Aleksandr Turchinov, anunciou o começo da operação antiterrorista na região de Donetsk nesta manhã.

"O objetivo destas ações, volto a sublinhar, é defender os cidadãos da Ucrânia, frear o terror e as tentativas de desmembrar o país", disse Turchinov ao inaugurar a sessão plenária da Rada Suprema, o parlamento ucraniano.

O governo tinha dado um prazo - até a manhã de ontem - para que os pró-russos depusessem as armas e desalojassem os edifícios administrativos que mantêm ocupados, dando garantias que os ativistas que não seriam perseguidos judicialmente caso acatassem as exigências das autoridades.

No último domingo, em mensagem ao país, Turchinov anunciou que o Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia começaria uma "operação antiterrorista de envergadura com o uso das Forças Armadas" para restabelecer a ordem nas regiões orientais de país, de maioria russoparlante.

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