Carlos Lupi afirmou, primeiro, que estava sob forte pressão de deputados da oposição e, portanto, não se lembrou naquele momento que viajara naquela aeronave (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2011 às 17h57.
São Paulo - O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, disse hoje que a entidade mantém o apoio ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), mas defende que todas as denúncias que atingem o pedetista sejam apuradas. "Acredito na inocência do ministro Lupi", disse, durante a 13ª reunião plenária da Executiva Nacional da UGT, realizada hoje e amanhã na capital paulista.
"Ele tem o apoio da UGT, mas deixo claro que tudo deve ser apurado, e se comprovada irregularidade, ele deve ser punido como qualquer um", acrescentou o dirigente. Lupi havia confirmado presença no evento, mas, segundo Patah, cancelou sua participação devido a uma reunião marcada pela manhã, pouco antes do embarque previsto de Brasília para São Paulo.
Para o presidente da UGT, Luppi está sendo alvo de denúncias por causa da sua atuação em favor das bandeiras trabalhistas, o que, segundo Patah, contraria alguns setores do Congresso. "O ministro está sendo alvo de uma saraivada de denúncias por conta da demonstração do seu lado trabalhador", afirmou. O dirigente não descarta que as notícias sobre supostas irregularidades venham de colegas do próprio partido do ministro do Trabalho, o PDT.
Patah negou que Lupi viria ao encontro do sindicato para reunir apoio na sua campanha para permanecer à frente do Ministério do Trabalho. Apesar da negativa, disse que a UGT não vai abandonar o ministro enquanto não houver provas concretas das supostas irregularidades. "Não abandonamos ninguém", disse o líder sindical, ao reafirmar o apoio da UGT ao ministro do Trabalho.
Perguntado se Lupi ainda tem forças para seguir no cargo, após novas denúncias divulgadas no fim de semana e hoje na imprensa, Patah respondeu que, considerando casos de outros ministros do governo Dilma Rousseff que caíram após denúncias, a "tendência" é de que Lupi não resista até a reforma ministerial. "Pelo histórico dos últimos casos, a tendência é de que ele não chegue até a reforma ministerial", afirmou, reforçando que defende, antes de qualquer atitude, a apuração das denúncias.