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Uefa não reconhece jogos organizados pela Rússia na Crimeia

Uefa não reconhece as partidas de clubes da Crimeia organizadas pela Federação Russa


	Mensagem exibida durante partida entre Dínamo de Kiev e SC Tavriya Simferopol
 (Anatolii Stepanov/AFP)

Mensagem exibida durante partida entre Dínamo de Kiev e SC Tavriya Simferopol (Anatolii Stepanov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 13h48.

Paris - O Painel de Emergência da Uefa informou nesta sexta-feira que a entidade que rege o futebol europeu não reconhece as partidas de clubes da Crimeia organizadas pela Federação Russa.

"À luz de considerações políticas complexas, difíceis e factuais, e até que um acordo seja encontrado a respeito da situação na Crimeia, o Painel de Emergência da Uefa decidiu hoje (sexta-feira) que a Uefa não reconhecerá nenhum jogo disputado por clubes da Crimeia organizados pela Federação Russa (RFS) até nova ordem", afirmou a entidade num comunicado.

Dois times da Crimeia que jogavam na primeira divisão ucraniana, o Tavria Simferopol e o Sebastopol, foram extinguidos depois da anexação da região, em março, e outros três clubes foram criados para integrar a terceira divisão russa.

A Federação Ucraniana resolveu então buscar o apoio de autoridades do futebol internacional.

"A Uefa não quer de maneira alguma impedir os clubes de jogar. Pelo contrário, reconhece que o futebol por ter efeitos positivos para reunir pessoas, inclusive em momentos de conflitos. No entanto, para que o futebol seja disputado num contexto organizado e legal, tal participação (de clubes da Crimeia em campeonatos russos) precisa estar de acordo com os estatutos da Uefa, aceitos por 54 federações", completou a entidade.

As autoridades futebol muitas vezes foram além das tensões diplomáticas, aceitando a existência de federações de países não necessariamente reconhecidos internacionalmente, como a Palestina ou as Ilhas Faroe (que fazem parte do território dinamarquês, mas são membros da Uefa e da Fifa).

A Fifa, por exemplo, tem mais membros do que a própria ONU (202 contra 191).

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