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UE vai propor missão de treinamento para militares ucranianos, diz Borrell

Em uma coletiva de imprensa em Santander, na Espanha, o diplomata indicou que o tema está em tratativa

Borell: Há muitos soldados ucranianos sendo treinados na Polônia, na República Checa, no Reino Unido, na França" (AFP/AFP)

Borell: Há muitos soldados ucranianos sendo treinados na Polônia, na República Checa, no Reino Unido, na França" (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de agosto de 2022 às 09h18.

Última atualização em 23 de agosto de 2022 às 09h19.

O Alto Representante da União Europeia (UE), Josep Borrell, afirmou que irá propor na próxima semana uma "poderosa missão de formação e organização" para ajudar o exército ucraniano. Em uma coletiva de imprensa em Santander, na Espanha, o diplomata indicou que o tema está em tratativas, mas adiantou que a missão não efetuará as ações em território ucraniano.

"Será em países vizinhos que já possuem missões de treinamento. Há muitos soldados ucranianos sendo treinados na Polônia, na República Checa, no Reino Unido, na França", indicou. Uma das justificativas para Borrell é o fato de que "quando fornecemos armas (aos ucranianos), elas são bastante sofisticadas, e precisam ser usadas".

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"Estamos diante de uma guerra que mobiliza recursos extraordinariamente importantes e centenas de milhares de soldados. Portanto, qualquer missão tem que ser igual ao conflito. Esta não é uma 'pequena guerra', como alguém já disse" afirmou o diplomata.

Além disso, o espanhol falou sobre energia no bloco. "No momento estamos indo muito bem. Estamos acima do cronograma planejado. Já estamos com níveis de estoque que ultrapassam 70%, chegando a quase 80% em alguns países", indicou. "Tudo parece indicar que poderemos começar o inverno com um bom nível de estoque. Isso não significa que não tenhamos que manter a política de economizar e reduzir o consumo", ponderou o diplomata.

Segundo ele, dos 400 bilhões de metros cúbicos consumidos de gás na União ao ano, 40% eram fornecidos pela Rússia. "Conseguimos reduzi-lo pela metade: 20%", afirmou Borrell, dizendo que a queda foi resultado do aumento das importações de Argélia, Catar e Estados Unidos, além da poupança no consumo.

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