Chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Federica Mogherini: a União Europeia quer prender os contrabandistas e destruir seus barcos ao largo da costa da Líbia (Emmanuel Dunand/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2015 às 09h26.
Bruxelas - A chefe da política externa da União Europeia, Federica Mogherini, fez pressão nesta segunda-feira pela aprovação de uma missão naval no Mediterrâneo para reprimir os líbios que traficam pessoas para a Europa, dizendo que um acordo do bloco aceleraria um mandato da ONU, necessário para que o plano seja bem-sucedido.
A União Europeia quer prender os contrabandistas e destruir seus barcos ao largo da costa da Líbia para combater a crescente imigração de pessoas que fogem da guerra e da pobreza no norte da África e Oriente Médio, mas muitos países europeus querem autorização da ONU para agir.
Federica disse que os ministros de Relações Exteriores e da Defesa da UE "vão tomar a decisão de estabelecer a operação no mar para desmantelar as redes criminosas que estão contrabandeando pessoas no Mediterrâneo".
"Assim que tomarmos a decisão, hoje, ficará mais claro e premente para o Conselho de Segurança (da ONU) agir", disse ela a jornalistas. Em uma reunião de emergência em Bruxelas no mês passado, os líderes da União Europeia concordaram em "identificar, capturar e destruir os navios antes de serem utilizados pelos traficantes".
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, exortou a Europa a dar esse passo, em parte porque os militantes do Estado Islâmico poderiam estar "também tentando se esconder, se misturando entre os imigrantes", a fim de chegar à Europa.
Pelo menos 51.000 imigrantes entraram na Europa este ano, atravessando o Mar Mediterrâneo, tendo 30.500 chegado via Itália.
Cerca de 1.800 se afogaram na tentativa, diz a agência de refugiados da ONU.