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UE proibirá 3 pesticidas mortais para as abelhas por 2 anos

Quinze países, entre eles França e Alemanha, votaram a favor da proposta de proibição apresentada pela Comissão Europeia

Abelhas: concretamente, a Comissão Europeia suspenderá durante dois anos a utilização de três neonicotinoides - clotianidina, imidacloprid e tiametoxam. (AFP)

Abelhas: concretamente, a Comissão Europeia suspenderá durante dois anos a utilização de três neonicotinoides - clotianidina, imidacloprid e tiametoxam. (AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2013 às 16h59.

Bruxelas - Três inseticidas mortais para as abelhas estarão proibidos na União Europeia (UE) durante dois anos a partir de julho, anunciou nesta segunda-feira a Comissão Europeia após uma votação que demonstrou as fortes pressões da indústria e dos "lobbies" agrícolas.

Quinze países, entre eles França e Alemanha, votaram a favor da proposta de proibição apresentada pela Comissão Europeia. Oito países, entre eles Reino Unido, Itália e Hungria, votaram contra, e quatro, entre eles a Irlanda, se abstiveram.

Concretamente, a Comissão Europeia suspenderá durante dois anos a utilização de três neonicotinoides - clotianidina, imidacloprid e tiametoxam - presentes em pesticidas fabricados para quatro tipos de cultivos: milho, colza, girassol e algodão.

"As abelhas são vitais para nosso ecossistema e é preciso protegê-las, sobretudo porque fornecem uma contribuição anual de 22 bilhões de euros à agricultura europeia", declarou o comissário europeu encarregado, Tonio Borg.

Para apresentar sua proposta, a Comissão Europeia se baseou em um relatório negativo da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA).

Os grandes produtores agrícolas e as multinacionais químicas e agroalimentícias tentaram bloquear esta decisão. Copa-Cogeca, a união dos grandes sindicatos agrícolas europeus, pediu para adiar esta proibição para 2014 e insistiu nas grandes perdas financeiras e sociais que causará, de 2,8 bilhões de euros, e o perigo de que 50.000 empregos sejam destruídos.

Já as principais empresas que fabricam estes pesticidas, a alemã Bayer e a suíça Syngenta - principalmente sob a marca Cruiser OSR - multiplicaram as pressões para bloquear ou ao menos limitar as consequências desta proibição.

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