Para a UE, Túnis, Cairo, Benghazi e do mundo árabe deram um forte sinal de liberdade e democracia (Mustafa Ozer/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2011 às 06h55.
Bruxelas - A União Europeia (UE) considera que as revoltas populares no mundo árabe são a melhor resposta contra o "fanatismo cego" que levou aos atentados do 11 de Setembro, afirmaram nesta sexta-feira os presidentes da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
"Dez anos depois, as ruas de Túnis, Cairo, Benghazi e do mundo árabe deram um forte sinal de liberdade e democracia. É a resposta mais contundente ao ódio fátuo e ao fanatismo cego dos atentados do 11 de Setembro", indicaram em comunicado conjunto.
Por ocasião do décimo aniversário dos atentados, no próximo domingo, os responsáveis de ambas as instituições lembraram as vítimas e expressaram sua solidariedade com as pessoas que perderam familiares nos ataques.
Embora "o mundo tenha reagido com rapidez e de uma maneira contínua ao chicote do terrorismo, as ideologias errantes que havia após esses ataques ainda constituem uma ameaça", alertaram.
Os responsáveis europeus avaliaram o consenso obtido na Assembleia Geral das Nações Unidas em favor de uma estratégia antiterrorista, o que segundo eles "demonstra que o mundo está unido nisto, sem distinção da religião nem de outros fatores".
Barroso e Rompuy explicaram que a Europa "trabalha de braços dados com amigos e aliados na luta global contra as redes terroristas e seu respaldo econômico".
"Junto com os Estados Unidos e nossos aliados, também estamos trabalhando para superar as condições que podem ajudar a propagação do terrorismo e das falsas ideias por trás disso", acrescenta a nota.
Entre os exemplos de âmbitos onde se deve cooperar, mencionaram a necessidade de combater a radicalização e o recrutamento de novos terroristas.
Nesse contexto, Barroso e Rompuy indicaram que "a melhor garantia" para impulsionar a segurança passa por "promover o estado de Direito, os direitos humanos e a governança democrática, além de abrir o diálogo intercultural e facilitar oportunidades econômicas e educativas".