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UE prepara novas sanções contra a Rússia após três anos da invasão à Ucrânia

Tentativa de pressionar o Kremlin ocorre em um momento em que ocorre uma aproximação entre americanos e russos para falar sobre a guerra

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 10h23.

Os países da União Europeia (UE) chegaram a um acordo político nesta quarta-feira, 19, sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia, que será aprovado formalmente na segunda-feira, por ocasião do terceiro aniversário da invasão da Ucrânia.

As novas sanções incluem medidas adicionais contra navios da chamada "frota fantasma" da Rússia, que ajudam Moscou a escapar das sanções sobre seu petróleo, bem como a proibição de importar alumínio da Rússia e de exportar-lhe serviços de refino de petróleo e gás, disseram fontes diplomáticas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, comemorou o acordo em uma publicação nas redes sociais, dizendo que a UE estava "tomando medidas ainda mais drásticas contra o desrespeito às regras, visando mais navios da 'frota fantasma' do (presidente russo Vladimir) Putin e impondo novas proibições de importação e exportação".

"Estamos comprometidos em manter a pressão sobre o Kremlin", enfatizou.

Por sua vez, a Alta Representante da UE para Relações Exteriores e Segurança, Kaja Kallas, declarou nas redes sociais que, ao impor "medidas mais rigorosas contra evasão, novas proibições de importação e exportação e sanções à frota nas sombras de Putin, estamos fechando as portas dos fundos para a máquina de guerra da Rússia operar".

"O Kremlin não quebrará nossa determinação", assegurou Kallas, que propôs uma nova iniciativa para aumentar a ajuda militar da UE à Ucrânia, embora o nível de ambição tenha que ser definido pelos Estados-membros, segundo disseram fontes do bloco europeu à Agência EFE.

O pactuado hoje é o 16º conjunto de sanções da UE contra a Rússia desde o início da guerra, e os ministros das Relações Exteriores do bloco europeu devem aprová-lo formalmente na segunda-feira, durante uma reunião do Conselho em Bruxelas, por ocasião do terceiro aniversário do início da invasão em larga escala da Ucrânia.

Desta vez, as medidas restritivas europeias incluem a proibição de transações com 11 portos e aeroportos russos para evitar a evasão do teto ao preço do petróleo russo e outras sanções impostas pela UE.

Além disso, 13 bancos foram excluídos do sistema bancário internacional Swift e três outras instituições foram proibidas de realizar transações financeiras.

Da mesma forma, outras 73 embarcações serão adicionadas à lista de embarcações sancionadas por pertencerem à "frota fantasma" da Rússia, e serão suspensas as licenças de transmissão na UE de oito veículos de comunicação russos.

Os 27 membros do bloco europeu também adicionarão 53 novas entidades à lista de pessoas físicas ou jurídicas, entidades e organismos que a UE considera serem usuários finais militares, parte do complexo militar-industrial da Rússia ou que têm vínculos comerciais ou de outro tipo com seu setor de defesa e segurança.

A lista geral de pessoas sancionadas será ampliada em 48 indivíduos e 35 entidades, que estarão sujeitos ao congelamento de ativos e à proibição de entrada na UE.

Em nível setorial, os países da UE concordaram com novas proibições à exportação de precursores químicos, cromo e outros produtos usados ​​em eletrônicos, e à prestação de serviços de refino de petróleo e gás. A importação de alumínio da Rússia será igualmente proibida.

Também serão impostos requisitos adicionais de aprovação para drones, assim como novos critérios de sanção para aqueles que apoiam a indústria militar russa e os proprietários e operadores da “frota fantasma”, incluindo capitães.

Por fim, os países da UE concordaram em padronizar elementos do regime de sanções contra Belarus, bem como outros relacionados a áreas não controladas pelo governo de Kiev.

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